Trump organiza encontro entre Putin e Zelensky e fala em “acordo possível” para encerrar guerra na Ucrânia

O presidente dos Estados Unidos articulou para 15 de agosto de 2025 uma reunião conjunta entre Vladimir Putin e Volodimir Zelensky. Em Washington, a expressão dominante é “otimismo cauteloso”: há expectativa de um primeiro compromisso que abra caminho para negociações diretas, sem promessa de assinatura imediata de um acordo amplo.

Sinal do Kremlin: alinhamento, não compromisso

Do lado russo, a sinalização é de alinhamento preliminar. A leitura é que, neste momento, podem surgir bases mínimas para conversas futuras, mas sem garantias de cessar-fogo duradouro ou de solução sobre os pontos mais sensíveis do conflito.

Por que a convergência pode acontecer agora

  • Fadiga militar: o prolongamento da guerra aumenta custo humano e material, reduzindo margem de manobra no campo de batalha.

  • Pressão econômica: efeitos de sanções e isolamento ampliam o incentivo a negociar.

  • Urgência europeia: segurança e abastecimento energético mantêm o tema no topo da agenda do continente.

  • Pressão política nos EUA: o governo americano busca resultado concreto após prometer esforços para encerrar o conflito, com interesse em consolidar um legado diplomático.

Os impasses ainda na mesa

  • Território: status de áreas ocupadas permanece o ponto mais difícil.

  • Segurança e alianças: garantias militares e relação com a OTAN seguem sensíveis.

  • Verificação e cronograma: qualquer cessar-fogo exigiria mecanismos de monitoramento, fases de retirada e compromissos verificáveis.

Três cenários possíveis após a reunião

  1. Rota do cessar-fogo: declaração conjunta com passos práticos (corredores humanitários, troca de prisioneiros, congelamento de linhas de frente) e cronograma de novas rodadas.

  2. Estagnação controlada: diálogo continua, mas sem medidas imediatas, mantendo hostilidades de baixa intensidade.

  3. Retrocesso: ausência de avanços e endurecimento de posições, reabrindo espaço para escalada militar e sanções adicionais.

O que observar no curto prazo

  • Linguagem do comunicado: verbos como “concordam”, “estabelecem” e “implementarão” indicam avanço maior do que “consideram” ou “explorarão”.

  • Medidas de confiança: pausas localizadas no fogo, inspeções e pontos de contato militares.

  • Agenda futura: data de nova reunião e formato (mediadores, local, nível técnico ou de chefes de Estado).

Impacto geopolítico

Um acordo inicial reduziria riscos para cadeias globais de energia e grãos, aliviaria tensões nos mercados e poderia redefinir arranjos de segurança europeus. Sem avanços, a perspectiva é de conflito prolongado, com custos crescentes e incerteza estratégica.

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