Cosan 2T25: prejuízo dispara e controladas mostram rumos opostos

A Cosan (CSAN3) encerrou o segundo trimestre de 2025 com prejuízo líquido de R$ 946 milhões e receita de R$ 10,48 bilhões. Apesar da perda, o índice de cobertura do serviço da dívida (DSCR) ficou em 1,2x no acumulado de 12 meses, considerado estável. A dívida líquida corporativa se manteve em R$ 17,5 bilhões, com prazo médio de 6,2 anos e custo próximo a CDI + 0,88%.

Dividendos recebidos

No trimestre, a holding recebeu R$ 600 milhões em dividendos e juros sobre capital próprio, valor inferior ao registrado no mesmo período de 2024. A redução está ligada ao calendário de distribuições e à venda de participações, como a fatia na Vale.

Desempenho das controladas

Rumo (RAIL3)

  • Volume transportado: +4%

  • EBITDA: +6%

  • Tarifa média: -2%
    A empresa manteve participação de 51% no Porto de Santos e segue investindo em expansão, apesar de impactos pontuais em algumas operações.

Compass

  • Volume distribuído de gás: +9%

  • EBITDA: -12%
    O recuo no resultado reflete efeitos pontuais de alocação temporal, mas a alavancagem da operação segue confortável, em 1,39x.

Raízen (RAIZ4)

  • Moagem de cana: -21%

  • EBITDA: -23%
    O setor de bioenergia foi pressionado pela menor produtividade e por custos mais altos, apesar do bom desempenho na distribuição de combustíveis no Brasil.

Moove e Radar

A Moove registrou queda de 13% nos volumes de lubrificantes, mas aumento de 39% no EBITDA devido a indenização de seguro. A Radar manteve o portfólio de terras avaliado em R$ 16,8 bilhões, sendo R$ 5,2 bilhões atribuídos à Cosan.

Destaques do 2T25 por negócio

Unidade Indicador-chave Variação Observações
Rumo EBITDA +6% Volume +4%, tarifa média -2%
Compass Volume de gás +9% Recuo no EBITDA por efeito pontual
Raízen Moagem de cana -21% Pressão no EBITDA, custo elevado
Moove EBITDA +39% Indenização de seguro compensou queda de volume
Radar Valor das terras R$ 16,8 bi R$ 5,2 bi pertencem à Cosan

A normalização da safra de cana, a execução de projetos em logística e gás e a redução gradual da dívida são pontos-chave para a melhora do consolidado. A manutenção do DSCR acima de 1x continua sendo um indicador de fôlego financeiro, mesmo diante da volatilidade das controladas.

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