Andressa Urach inicia tratamento após gravação com influenciador

A influenciadora Andressa Urach, que inovou ao gravar conteúdo adulto com o influenciador Bruno Diferente, que convive com a rara síndrome de Christ-Siemens-Touraine, iniciou o tratamento com o uso da PrEP (Profilaxia Pré-Exposição).Em um vídeo publicado nas redes sociais, Urach aparece em um posto de saúde no distrito de Santo Amaro, em São Paulo, acompanhada do filho, e relata a experiência.“Hoje eu vim no posto de saúde aqui em Santo Amaro para buscar o meu PrEP. Para quem não conhece, é um remédio que o SUS fornece para você evitar pegar HIV. E isso é incrível, por isso eu amo o SUS”, disse.

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O que é PrEP?A PrEP, ou Profilaxia Pré-Exposição, é uma das formas de prevenir o contágio pelo HIV. A medida consiste em tomar comprimidos antes da relação sexual, que permitem ao organismo estar preparado para enfrentar um possível contato com o vírus.Embora o Brasil tenha mais de 122 mil usuários ativos da PrEP, apenas 8,8% são mulheres, sendo o uso mais prevalente entre homens gays, segundo dados do Ministério da Saúde de 2025.DesafiosSegundo o Relatório de Monitoramento de Profilaxias Pré e Pós-Exposição ao HIV 2023, o uso da PrEP cresceu 82,1% na Bahia e mais que dobrou em todo o Brasil no último ano, passando de cerca de 50 mil usuários em 2022 para mais de 107 mil em 2023. Salvador concentra 1.796 dos 3.642 usuários ativos na Bahia, sendo um dos polos de distribuição da profilaxia.Apesar do avanço, o relatório revela que 84,5% dos usuários baianos da PrEP são homens cis gays ou bissexuais. Mulheres, especialmente heterossexuais, e adolescentes ainda são uma minoria entre os beneficiários da estratégia, o que aponta para uma necessidade urgente de ampliar o alcance da política.”A PrEP consiste no uso regular de uma medicação indicada para pessoas com alto risco de exposição ao HIV. Qualquer pessoa que se enquadre nesse perfil pode, e deve, fazer uso da PrEP, independentemente do sexo ao nascimento, do gênero ou da identidade de gênero. Mulheres, inclusive, têm indicação para utilizá-la quando há risco aumentado de exposição”, afirma o médico infectologista Victor Castro Lima, coordenador do serviço de Infectologia do Hospital Mater Dei Salvador.”A grande questão é que a PrEP ainda é uma estratégia de prevenção muito pouco conhecida pela população em geral. Além disso, o estigma em torno do HIV persiste, com a falsa ideia de que apenas pessoas homossexuais estão em risco. Isso não é verdade. O que acontece é que determinados grupos têm mais acesso à informação e, consequentemente, ao uso da PrEP, enquanto outros, como muitas mulheres, acabam não utilizando por desconhecimento. É fundamental ampliar o acesso e o conhecimento sobre essa importante ferramenta de prevenção”, reforça o especialista.

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