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Prática já é comumUm representante da montadora declarou à BBC que a prática não é exatamente nova na indústria automotiva. Ele lembrou que, historicamente, carros a combustão com motores semelhantes eram vendidos em versões com diferentes níveis de potência.Para a fabricante, o sistema de assinatura oferece mais flexibilidade ao consumidor, permitindo uma condução mais esportiva sempre que desejado, sem que isso implique em um custo inicial maior na compra do veículo.Polêmicas e reações negativasApesar da justificativa, o modelo tem sido criticado por cobrar por funções que já vêm instaladas nos veículos. Não é a primeira vez que essa abordagem é adotada por montadoras europeias.A BMW implementou uma estratégia semelhante em 2022, oferecendo aquecimento de bancos por US$ 18 mensais (R$ 97), faróis automáticos por US$ 12 (R$ 65) e aquecimento do volante por mais US$ 12 (R$ 65). Como todos os equipamentos já estavam fisicamente presentes nos carros, bastava realizar o pagamento para ativá-los. Após ampla repercussão negativa, a empresa abandonou esse modelo no ano seguinte.A Mercedes-Benz também seguiu essa tendência. No mesmo ano, lançou nos Estados Unidos uma assinatura digital que permitia a aceleração mais rápida de seus modelos elétricos.Resistência dos consumidoresPesquisas recentes indicam que o interesse dos consumidores por esse tipo de serviço está em queda. Segundo um levantamento da S&P Global, a porcentagem de motoristas dispostos a pagar por recursos conectados caiu de 86% em 2024 para 68% em 2025. Entre as principais reclamações estão os altos custos e o descontentamento com a prática de dividir funcionalidades básicas em pacotes pagos.Ainda assim, o modelo de assinatura continua se expandindo em outras áreas da economia. Um estudo da Juniper Research prevê que o mercado global de assinaturas deve alcançar cerca de US$ 1 trilhão (R$ 5,4 trilhões) até 2028.