‘Clima de deserto’: como sobreviver à baixa umidade em meio a frente fria e onda de calor


Regiões de Mato Grosso do Sul enfrentam níveis de umidade relativa do ar abaixo de 20%
Liniker Ribeiro/TV Morena
Todas as regiões de Mato Grosso do Sul enfrentaram, ao longo da última semana, níveis de umidade relativa do ar abaixo de 20% — patamar considerado crítico pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A situação é provocada por uma massa de ar frio que atua sobre o estado.
Mais de 20 cidades sul-mato-grossenses apresentaram índices preocupantes. Os menores foram registrados em Chapadão do Sul, Paranaíba, Sonora e Água Clara, com apenas 13% de umidade.
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Veja outros índices registrados pelo Estado:
14%: Cassilândia, Costa Rica, Coxim e Três Lagoas
15%: Campo Grande e São Gabriel do Oeste
16%: Bataguassu e Ivinhema
17%: Aquidauana, Corumbá e Sidrolândia
18%: Dourados e Miranda
19%: Jardim e Rio Brilhante
20%: Amambai e Maracaju
Com níveis tão baixos de umidade, é comum surgirem sintomas como nariz e garganta secos, podendo provocar fissuras nas mucosas e, consequentemente, sangramentos nasais, além de cansaço, dores no corpo e sinais de desidratação.
Em entrevista ao g1, o médico pneumologista Ronaldo Queiroz alertou para os cuidados essenciais durante períodos críticos como este.
“Com a umidade tão baixa, aumenta muito o número de infecções respiratórias, como gripes e resfriados. O ressecamento das vias aéreas facilita a entrada de vírus e bactérias, podendo causar sinusites e até pneumonias”, explicou.
Dicas do especialista
Segundo o médico, o principal cuidado é manter-se bem hidratado, consumindo entre 20 ml a 30 ml de água por quilo de peso corporal — o que equivale, em média, a 2 a 3 litros de água por dia.
Outras recomendações importantes:
Evitar exposição ao sol, especialmente entre 10h e 16h
Procurar permanecer em locais com vegetação e sombra
Utilizar umidificadores de ar em ambientes internos
Evitar o tabagismo
Queiroz destaca também que o uso de umidificadores no quarto, cerca de duas horas antes de dormir, ajuda a melhorar a qualidade do ar durante a noite.
Quando procurar ajuda médica?
O médico ressalta que pessoas sem doenças respiratórias prévias e com sintomas leves não precisam buscar atendimento de emergência.
“Se não houver desconforto respiratório, apenas repouso, hidratação, uso de antitérmicos e descongestionantes nasais são suficientes. Ir ao pronto atendimento em casos leves pode ser arriscado, por conta da exposição prolongada em ambienes lotados”, alertou.
Contudo, ele reforça que em caso de falta de ar, febre alta e chiado no peito, a ida ao pronto-socorro deve ser imediata.
“Esses sintomas podem indicar o desenvolvimento de uma pneumonia grave, que exige cuidados médicos urgentes”, concluiu.
Veja vídeos de Mato Grosso do Sul:
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