Exército de Israel se prepara para reassentar palestinos para o sul de Gaza


Palestinos tentam receber alimentos doados em uma cozinha comunitária na Cidade de Gaza, no norte da Faixa de Gaza, neste sábado (16)
Jehed Alshrafi/AP
Moradores de Gaza vão começar a receber a partir deste domingo (17) tendas e outros equipamentos de abrigo para serem retirados de áreas de combate e reassentados em zonas consideradas seguras no sul do enclave palestino, informou o Exército de Israel neste sábado (16).
O anúncio ocorre dias após Israel anunciar a intenção de lançar uma nova ofensiva para tomar o controle da região norte da Cidade de Gaza, maior centro urbano do território.
O plano gerou preocupação internacional diante da situação humanitária na região, que abriga cerca de 2,2 milhões de pessoas.
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O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que, antes da ofensiva, a população civil será transferida para “zonas seguras” fora da Cidade de Gaza, que ele chamou de último reduto do grupo terrorista Hamas.
O Exército não informou quando começará o movimento em massa de palestinos. O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, disse que os planos para a nova ofensiva continuam sendo formulados.
Apesar disso, as tropas já intensificaram operações nos arredores da Cidade de Gaza na última semana.
Segundo militares israelenses, os equipamentos de abrigo serão enviados pelo posto de Kerem Shalom, no sul de Gaza, com apoio da ONU e de organizações internacionais de ajuda humanitária. O material passará por inspeção do Ministério da Defesa de Israel.
O Exército não esclareceu se os equipamentos são destinados especificamente ao cerca de 1 milhão de moradores que permanecem na Cidade de Gaza nem confirmou se a transferência terá como destino Rafah, na fronteira com o Egito.
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➡️ A guerra começou em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas atacou o sul de Israel, matando 1,2 mil pessoas e fazendo 251 reféns, segundo autoridades israelenses. Israel afirma que 20 dos 50 reféns que ainda estão em Gaza permanecem vivos.
A ofensiva militar israelense deixou mais de 61 mil mortos em Gaza, segundo o Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas.
O conflito também provocou crise de fome, deslocou internamente a maior parte da população e devastou grande parte do território.
As negociações por um cessar-fogo de 60 dias, com apoio dos Estados Unidos, fracassaram no mês passado.
Com informações da Reuters e da Associated Press
Israel já controla grande parte do território palestino.
Arte/g1
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