
Avistamento de baleias bate recorde no litoral de São Paulo
O avistamento de baleias bateu recorde, este ano, no Litoral Norte de São Paulo.
Não é uma visita qualquer. E nem se elas quisessem, as turistas da vez passariam despercebidas pelo nosso litoral. Do aceno discreto ao espetáculo de 40 toneladas saltando para fora da água.
Segundo os pesquisadores, as baleias jubarte saem da Antártica nesta época do ano e viajam para o litoral do Brasil para se reproduzirem nas águas mais quentes daqui.
A surpresa é que, cada vez mais, o litoral de São Paulo tem virado um ponto de parada nessa longa viagem. Só neste ano, ao menos 695 baleias já foram vistas por lá.
Há cerca de dez anos, eram raras as aparições de baleias no litoral norte de São Paulo. Isso foi um resultado da caça predatória que se estendeu por um bom tempo e que só teve fim no país na década de oitenta.
A resposta disso veio: a espécie entrou em franca recuperação, toma conta da costa do Brasil nesta época do ano e faz questão de se exibir.
O Projeto Baleia Jubarte, que atua no litoral paulista, tem acompanhado tudo de perto. “O projeto tem um censo aéreo desde 2001. O primeiro feito, a estimativa populacional não chegava nem a 3, 4 mil indivíduos. Hoje a gente passa dos 25 mil na costa brasileira”, conta Sérgio Cipolotti, coordenador nacional do Projeto Baleia Jubarte.
Avistamento de baleias bate recorde no litoral norte de SP
Reprodução/TV Globo
Além das baleias jubarte, uma outra visitante chamou a atenção recentemente no litoral paulista. Uma raia-manta foi vista nadando no mar de Ilhabela. Este animal, que pode atingir até 8 metros de uma asa à outra, está ameaçado de extinção, por isso essa passagem é considerada um registro raro.
Com tantas visitas assim, o período é de muito trabalho para biólogos e pesquisadores da região.
“Nesses cinco anos de trabalho contínuo, a gente viu no total 14 espécies de baleias e golfinhos. E o que é incrível, no mundo, são 94 espécies. Se estão se aproximando, é porque é uma área importante e precisamos cuidar desse local aqui, que é maravilhoso”, diz Nia Morete, presidente do Viva Instituto Verde Azul.
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