O KNCR11 aprovou a 12ª emissão de cotas, com captação-alvo em torno de R$ 2,5 bilhões, podendo chegar a R$ 3 bilhões. A operação, somada ao patrimônio atual, coloca o fundo na rota para um PL próximo de R$ 10 bilhões, consolidando sua liderança entre os FIIs de crédito imobiliário.
Termos essenciais da emissão
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Preço de referência: próximo ao valor patrimonial (cerca de R$ 101,83 por cota), acrescido de custos de distribuição (~2%).
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Direito de preferência: proporcional de ~0,32 cota nova por cota detida.
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Objetivo: ampliar a originação de CRIs pós-fixados, mantendo perfil conservador e liquidez elevada.
O que muda para o cotista
Diluição, custo e timing
Quem exerce o direito tende a mitigar diluição e, em geral, paga menos que o preço de tela observado no secundário ao longo do anúncio. Em emissões ancoradas no VP, o benefício usual é recompor participação a valor “justo”.
Renda mensal e cenário de juros
Com Selic elevada, carteiras atreladas ao CDI capturam rapidamente o patamar de juros. No KNCR11, o rendimento recente girou em ~1,3% ao mês, patamar compatível com ~104% do DI (equivalente bruto próximo a ~122% do CDI quando comparado a produtos tributados). A tendência é de renda estável enquanto os juros permanecerem altos.
KNCR11 x MXRF11: mandatos diferentes, riscos diferentes
O debate não é apenas “quem paga mais”, mas como cada um gera caixa.
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KNCR11: carteira majoritariamente CDI (≈99%) via CRIs com risco pulverizado; foco em crédito corporativo de maior qualidade; volatilidade historicamente baixa.
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MXRF11: mix de indexadores (predominância de IPCA/INCC), com CRIs (~80%), cotas de FIIs (~12%) e permutas financeiras (~6,6%); potencial de retorno adicional em ciclos favoráveis, mas com camadas extras de risco (marcação a mercado e desenvolvimento).
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Base de cotistas: MXRF11 é o “campeão de popularidade” (≈1,3 milhão); KNCR11 também é massivo (≈415 mil), com liquidez diária elevada.
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Renda recente: KNCR11 manteve ~1,2–1,3% ao mês; MXRF11 distribuiu R$ 0,10/cota em meses recentes.
Comparativo rápido (fotografia recente)
Indicador | KNCR11 | MXRF11 |
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Mandato principal | CRIs pós-fixados (CDI) | CRIs (maioria IPCA) + FIIs + permutas |
Indexador predominante | CDI (~99%) | IPCA/INCC (~77%); CDI (~11%) |
Perfil de risco | Conservador | Médio (maior volatilidade) |
Cotistas | ~415 mil | ~1,3 milhão |
Renda recente (ilustrativa) | ~1,2–1,3% ao mês | ~R$ 0,10 por cota |
Tese de valor | Escala + previsibilidade | Diversificação + opcionalidade |
Os números acima refletem dados e práticas mais recentes observados no mercado. Valores podem variar conforme condições e comunicados posteriores.
Tabela: termos da 12ª emissão do KNCR11
Item | Detalhe |
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Montante-alvo | ~R$ 2,5 bilhões (com possibilidade de chegar a ~R$ 3 bilhões) |
Preço de emissão | Próximo ao VP (cerca de R$ 101,83) |
Custos | ~2% sobre o preço de referência |
Direito de preferência | ~0,32 cota nova por cota detida |
Tese da alocação | CRIs pós-fixados, foco em qualidade e liquidez |
Efeito esperado no PL | Rota para ~R$ 10 bilhões |
Estratégia prática: como usar a emissão a seu favor
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Faça a conta da preferência: compare o preço de emissão (com custos) com o preço de tela. Se houver “desconto”, exercer o direito ajuda a recompor participação com eficiência.
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Pense na carteira como um todo: se você busca renda estável em juros altos, a parcela CDI (como a do KNCR11) costuma ser um pilar. Para diversificação e possível ganho real no ciclo de desinflação, a parcela IPCA (como no MXRF11) agrega opcionalidade — com mais volatilidade.
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Evite regras engessadas de P/VP: um leve ágio sobre o VP, em fundos de crédito de alta qualidade, não invalida a tese se a execução da gestão e o carrego do CDI permanecerem sólidos.
O post KNCR11 ou MXRF11: quem entrega mais renda agora? apareceu primeiro em O Petróleo.