
Imagens de satélite e dados do Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (Sicar) confirmaram que havia vegetação nativa em regeneração
Autos de Vistoria
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) investiga uma fazenda em Taquarussu por desmatamento ilegal de 15,57 hectares de Mata Atlântica. A área atingida inclui partes de Reserva Legal e vegetação em regeneração.
A 1ª Promotoria de Justiça de Batayporã abriu um Inquérito Civil para verificar se o desmatamento foi realizado de forma legal.
✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no WhatsApp
De acordo com o MPMS, o desmate ocorreu entre junho de 2022 e janeiro de 2023, sem autorização ambiental. Por causa disso, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) multou o responsável.
O caso é considerado grave por infringir a Lei Federal que protege a vegetação nativa da Mata Atlântica
Um relatório técnico mostra que a área estava preservada antes do desmatamento. O documento contesta a versão da defesa, que alegou se tratar de pastagem degradada ou em repouso.
Imagens de satélite e dados do Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (Sicar) confirmaram que havia vegetação nativa em regeneração, inclusive em áreas de Reserva Legal.
O proprietário da fazenda foi notificado a apresentar documentos que comprovem a regularidade ambiental da área, como o Cadastro Ambiental Rural (CAR), Programa de Regularização Ambiental (PRA), Projeto de Recuperação de Área Degradada (Prada), matrícula do imóvel e licenças.
O MPMS lembra que o uso da vegetação nativa da Mata Atlântica só é permitido em casos de utilidade pública ou interesse social, com justificativa formal e autorização ambiental — o que não aconteceu. A lei também exige compensação proporcional ao desmate, mas essa regra não foi cumprida.
A investigação continua, e o MPMS aguarda documentos do responsável pela área.
Veja vídeos de Mato Grosso do Sul