O corredor Emerson Pinheiro, de 29 anos, foi retirado da intubação nesta segunda-feira, 18, mas permanece internado no Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador. Ele teve uma das pernas amputada e a outra fraturada após ser atropelado por um carro na orla da Pituba, bairro nobre da capital baiana, durante um treino coletivo para a maratona de Buenos Aires, marcada para o próximo mês.De acordo com testemunhas, o veículo invadiu a calçada e atingiu Emerson e outros corredores que participavam da atividade. O motorista, identificado como Cleydson Cardoso Costa Filho, de 26 anos, empresário e filho da vereadora de Salvador Débora Santana (PDT), foi preso em flagrante. Ele apresentava sinais de embriaguez e não conseguiu concluir o teste do bafômetro.A advogada da família, Losangêla Passos, detalhou a situação clínica do jovem e os próximos passos da atuação jurídica.”O estado de saúde de Emerson, neste momento, é estável. Ele está tendo uma recuperação satisfatória e fazendo o desmame da sedação.”Repercussão do crimeNo campo criminal, a defesa de Emerson acompanhará de perto as investigações.”Olha, no aspecto criminal, eu, em conjunto com outros colegas, estamos atuando na defesa dos direitos de Emerson. Vamos atuar como assistentes da acusação e oferecer suporte ao Ministério Público.”
Leia Também:
Ataque no final de linha deixa mortos e feridos em Salvador
Adolescente morre e homem fica ferido após tiroteio em Castelo Branco
Travessia Salvador-Mar Grande segue suspensa nesta segunda-feira
A advogada também adiantou que a família pretende acionar a Justiça na esfera civil.”Desde o inquérito, a gente já está fazendo esse acompanhamento, sendo auxiliares no que conseguimos. Na esfera civil, nós vamos promover uma ação de reparação civil em um momento oportuno, até que possamos ter a dimensão dos danos e do que será necessário para Emerson, para então promovermos esse processo de reparação.”Segundo Losangêla, há provas suficientes que apontam para a embriaguez do motorista.”Temos as provas, os depoimentos dos agentes de trânsito, dos policiais e das testemunhas. A gente tem um vídeo que mostra ele cambaleando — acho que já está circulando nas redes sociais — e o que parece, realmente, é que ele estava em estado de embriaguez. Então, a nossa expectativa é que seja impetrado um habeas corpus, mas que o tribunal não reforme essa decisão.”