Vídeo mostra jovem dançando em baile pouco antes de ser espancada até a morte; ‘Covarde desgraçado’, diz irmã


Vídeo mostra jovem dançando em baile pouco antes de ser espancada até a morte
Um vídeo filmado em um baile funk na comunidade da Coreia, em Senador Camará, mostra Sther Barroso dos Santos dançando. Ela seria espancada até a morte horas depois, ao ser recusar a deixar o local acompanhada de um traficante.
A irmã de Sther, Stefany, lamentou a morte da irmã em várias postagens nas redes, e disse que o corpo da vítima foi entregue “desfigurado” e deixado na porta da casa da mãe da vítima. O corpo de Sther será enterrado nesta terça-feira (19), no cemitério de Ricardo de Albuquerque.
“Estou sem chão, sem estrutura, quem nos conhece sabe o quanto somos unidas, leais e uma pela outra sensação de impotência por não ter tido tempo de salvar a minha irmã.
O homem apontado como autor do crime é Bruno da Silva Loureiro, conhecido como Coronel, chefe do tráfico no Muquiço, em Guadalupe — área dominada pela mesma facção criminosa que domina a comunidade da Coreia, o Terceiro Comando Puro (TCP). Antes de morar na Vila Aliança, Sther e a família viviam no Muquiço.
Espancada em Senador Camará: polícia investiga se ela teria se recusado a sair com chefe do tráfico
A irmã de Sther comentou o vídeo em que a irmã aparece dançando no baile funk, horas antes da tragédia.
“Você não só acabou com a vida da minha irmã quanto da minha família. Olha a felicidade da minha irmã. Covarde desgraçado”, postou ela em redes sociais.
A Delegacia de Homicídios da Capital investiga se Stefany foi morta por se recusar a deixar o local com o chefe do tráfico.
Sonhos interrompidos
Sther
Reprodução
Nas redes sociais, amigos e parentes lamentaram a morte e compartilharam as anotações da jovem com as metas que havia traçado para o novo ano, que esperava ser o melhor de sua vida. “Terminar a escola, fazer três cursos, ter um cachorrinho, focar muito na academia, agradecer a Deus todos os dias” eram alguns deles.
“Ela tinha tantos sonhos… Queria estudar, trabalhar, mudar de vida. Isso foi arrancado dela de uma maneira cruel”, disse uma amiga próxima.
De acordo com o Instituto de Segurança Pública (ISP), 49 mulheres foram vítimas de feminicídio no estado do Rio de Janeiro apenas no primeiro semestre deste ano. Sther e outras assassinadas em julho e agosto vão aumentar essa triste estatística.
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