
Abertura da Semana Municipal da Educação Especial
Reprodução/Prefeitura de Santarém
A Semana da Educação Especial começou oficialmente nesta segunda (18), em Santarém, no oeste do Pará, com abertura na Escola Maria de Lurdes. O evento, que neste ano chega à terceira edição, desde 2023 reúne toda a rede municipal com atividades voltadas para a reflexão sobre desafios e possibilidades da inclusão escolar.
✅ Clique aqui e siga o canal g1 Santarém e Região no WhatsApp
O coordenador de Educação Especial, Raimundo Nonato, explicou que a mostra tem como meta aproximar o currículo da prática diária. Segundo ele, a proposta é trabalhar formação, celebração e reflexão, sempre com o objetivo central de inserir o aluno e criar novas oportunidades. Raimundo ressaltou ainda que a palavra-chave é o acolhimento, destacando a necessidade de aproximar a escola dos estudantes.
Ao falar sobre os resultados obtidos até aqui, o coordenador destacou experiências marcantes que vêm acontecendo nas escolas, reforçando que cada dia aumenta o número de estudantes atendidos. “O crescimento da demanda exige trabalhar a qualidade do ensino e a mediação para uma escola acessível, o que passa pelo currículo, pelas práticas pedagógicas e pelo acolhimento”, pontuou.
Segundo o coordenador, cerca de 2.800 estudantes da rede municipal recebem atendimento em Educação Especial. A maioria, entre 60% à 75%, está dentro do espectro autista. Nesta semana, 34 projetos estão inscritos e serão apresentados na culminância do evento, marcada para quinta-feira (21), no Parque da Cidade. Parte deles une a inclusão ao uso de tecnologia, ampliando possibilidades pedagógicas.
O coordenador também destacou a parceria entre as secretarias de Educação e de Saúde. A avaliação educacional, feita em conjunto com laudos médicos, é considerada um dos pontos mais desafiadores, já que garante respaldo para adequar o atendimento às necessidades de cada aluno, seja em sala de aula regular ou na sala de recursos.
Outro eixo de destaque é a língua de sinais. Professores de Libras lembram que a comunicação com estudantes surdos é essencial e que a rede municipal já avança na proposta de escola bilíngue. “A Libras precisa ser reconhecida como um idioma e estar presente em todas as turmas. Hoje, cada escola tem pelo menos uma pessoa de referência em linguagem de sinais”, reforçou uma das educadoras.
Além do trabalho cotidiano nas escolas, cursos de Libras também estão disponíveis para a comunidade. A iniciativa é amparada por lei municipal que garante a formação de professores, e várias unidades de ensino já funcionam como polos de difusão da língua.
Semed destaca inclusão e valorização da diversidade nas escolas
VÍDEOS: Mais vistos do g1 Santarém e Região