Ponte Salvador-Itaparica: o segredo por trás da construção sobre o mar

A futura Ponte Salvador–Itaparica, que promete se tornar um marco da engenharia nacional, terá sua base sobre o mar construída em etapas planejadas para garantir solidez e segurança.

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O processo de construção das estacas de fundação seguirá três etapas principais:Cravação dos tubos metálicos: tubos serão cravados nos locais definidos pelo projeto. Eles funcionarão como formas para as estacas, delimitando o espaço onde o concreto será aplicado.Escavação e inserção das gaiolas de aço: no interior das estacas será escavado com perfuratrizes hidráulicas, que retiram o solo de forma precisa. Em seguida, gaiolas de aço pré-armadas serão inseridas nos espaços escavados, reforçando a estrutura.Concretagem submersa: o concreto será levado até o fundo da estaca por meio de um tubo, de baixo para cima, garantindo que a base fique totalmente preenchida mesmo em ambiente submerso.Segundo a concessionária, essa técnica é considerada fundamental para a estabilidade da ponte, que terá 12,4 km de extensão, ligando Salvador à Ilha de Itaparica.Veja imagens de como funcionará todo o processo:

Avanços da obraApós 12 meses de trabalho, foi finalizada, em março de 2025, a etapa de sondagem na Baía de Todos os Santos, com um investimento de R$ 200 milhões. Essa fase consiste na investigação e confirmação da geologia do terreno para definir a fundação da ponte.Atualmente, o projeto está na fase de mobilização do canteiro de obras — etapa inicial em que são organizados e preparados todos os recursos necessários para o início da construção —, prevista para ser concluída até o final de 2025. Esse avanço depende da emissão da licença ambiental pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), além das aprovações dos órgãos públicos federais, estaduais e municipais.Na última sexta, o Governo da Bahia avançou uma etapa nas obras da Ponte com a desapropriação de uma área de 1.790,760 m² localizada em Salvador, que será utilizada para a implantação de acessos viários da estrutura.O terreno, que exclui bens de domínio público, será fundamental para a construção dos acessos à ponte, obra considerada estratégica pelo governo estadual para integrar a capital à Ilha de Itaparica e encurtar o tempo de deslocamento entre a Região Metropolitana de Salvador e o Recôncavo Baiano.O projeto é fruto de uma Parceria Público-Privada (PPP) entre o Governo da Bahia e um consórcio chinês formado por dois grandes grupos que estão entre os maiores do mundo no segmento de construção e infraestrutura. São eles: China Civil Engineering Construction Corporation (CCECC) e China Communications Construction Company (CCCC).O investimento total previsto é de R$ 10,6 bilhões, com início das obras programado para 2026. A construção terá duração de cinco anos a partir da montagem do canteiro de obras que está prevista para este ano.

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