Com um pé no PSDB, Ciro Gomes indica candidatura contra grupo do irmão

Durante discurso na festa de aniversário de 50 anos do ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio, na última sexta-feira, 15, o ex-governador Ciro Gomes (PDT) admitiu pela primeira vez que pode ser candidato da oposição ao governo do Ceará em 2026.Caso aceita o desfio, Ciro deve enfrentar o grupo comandado pelo PT e pelo seu irmão, o senador Cid Gomes (PSB).”É o desafio para o qual os meus queridos amigos estão me chamando para encarar. É para eu encarar? Eu vou encarar”, disse, arrancando aplausos dos presentes à festa, entre eles muitos bolsonaristas. A informação é do Uol.

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A declaração de Ciro é um recuo em relação às palavras ditas em várias ocasiões, ditas após perder a eleição presidencial em 2022, quando garantiu que não seria mais candidato a nada.Filiação ao PSDBEm relação conturbada com o PDT, Ciro Gomes, está prestes a sair do partido e está em conversas avançadas com a cúpula nacional do PSDB e deve se filiar em breve.Em entrevista ao Uol, o presidente do PSDB no Ceará, Ozires Pontes, afirmou que a ida de Ciro Gomes para o partido está confirmada, faltando apenas detalhes para a data e o local do ato de filiação. Ele aposta que Ciro será o candidato da oposição com apoio bolsonarista.Ciro diz estar “100% à disposição”, mas pondera que antes é preciso unir a oposição cearense, o que inclui os bolsonaristas.“Eu quero dizer para vocês que essa é a única chance de a gente perder a eleição: é se a gente deixar que a lambança do ódio e da paixão despolitizada pelo Bolsonaro ou pelo do Lula tire do povo, da cabeça do povo, aquilo que precisa estar: que é a condição do Ceará. Qual é o governo que o Ceará precisa? Qual é o rumo estratégico para a economia? Como é que nós vamos consertar as coisas da saúde, da educação, fazer o enfrentamento da violência, das facções criminosas?” questionou Ciro.Antes de ter seu nome ventilado, Ciro defendia a indicação de Roberto Cláudio para o cargo. Roberto foi candidato ao governo pelo PDT em 2022, mas acabou ficando apenas na terceira colocação, com 14,1% dos votos válidos. Naquela eleição, Elmano venceu com apoio de Lula já no primeiro turno.

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