Crise no Novo da Bahia: racha pode mudar comando do partido

O ex-deputado federal José Carlos Alencar e o seu filho Alexandre de Aleluia (PL), vereador de Salvador, podem ser os novos nomes à frente do diretório estadual do partido Novo depois da destituição da sigla com a Executiva nacional.A dissolução entre os diretórios foi anunciada no último sábado, 16, no mesmo dia do lançamento da pré-candidatura do governador de Minas Gerais (MG), Romeu Zema, à presidência da República, em São Paulo.O motivo da movimentação em torno do partido leva em conta a “falta de performance” da legenda no estado, que desde o seu lançamento, em 2011, elegeu apenas dois vereadores em Luís Eduardo Magalhães, oeste baiano, e em Valença, no baixo sul do estado.Os edis em questão são:Daniel Farias, Luís Eduardo Magalhães;Durval Sarmento e Ana Fraga, Valença;Além da vice-prefeita de Ilhéus, Wanessa Gedeon.Questionado pelo Portal A TARDE sobre o assunto, na última segunda-feira, 18, durante sessão ordinária na Câmara Municipal de Salvador (CMS), o vereador Alexandre Aleluia (PL) preferiu manter a cautela e se limitou a dizer que “ficaria muito honrado”, caso receba o convite para dirigir a agremiação.

Vereador Alexandre Aleluia (PL)

|  Foto: Antônio Queirós I CMS

RiscosAleluia, que se coloca como pretenso candidato a deputado federal nas eleições de 2026, pode enfrentar um embargo maior, se a possível movimentação for concretizada.Filiado ao PL, o edil corre o risco de perder o mandato na Câmara Municipal de Salvador por infidelidade partidária, visto que para os vereadores não é possível fazer a troca de sigla durante abertura da janela partidária.

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A mudança só valerá para os deputados federais, estaduais e senadores, pois a regra se aplica apenas para quem está no fim do mandato. Os legisladores municipais só conseguem a migração em 2028.Racha do partido NovoO diretório estadual publicou uma carta nas redes sociais no último sábado, 16, explicando os motivos pelo qual estariam deixando de seguir a Executiva nacional.Segundo o comunicado, a ruptura diz respeito à tentativa de cassação dos atuais dirigentes estaduais do partido. Na Bahia, a sigla é dirigida pelo presidente André Quadros.“De forma contraditória e incoerente, o próprio Diretório Nacional, pratica dentro de casa o que combate fora: cassação de mandatos legítimos, neste caso, dos Dirigentes Estaduais do NOVO-Ba”, diz uma parte do comunicado.A sigla ainda critica a investida que vem acontecendo dentro do partido e afirma: “Mais grave ainda é constatar que essa intervenção tem a finalidade de transferir a gestão do Partido para um grupo político cuja forma de atuação desperta dúvidas e divergências dos valores e princípios que nortearam nossa fundação”.

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