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A vítima então denunciou o caso à direção da faculdade, contudo, não obteve sucesso. Segundo os relatos feitos por ela em documento judicial, a academia teve uma “postura omissa” e “inerte” sobre a situação.O caso ainda fez com que a jovem “deixasse de frequentar presencialmente, as aulas da Universidade Anhanguera, limitando-se apenas a comparecer às semanas de provas, bem como encontra-se realizando, desde então, acompanhamento psicológico”, segundo diz o documento judicial.O Portal A TARDE entrou em contato com a Faculdade Anhanguera, mas até a publicação desta matéria, não houve resposta.Diante disso, Daiane Bittencourt levou o caso ao Ministério Público da Bahia (MP-BA), que ofereceu denúncia à Justiça baiana. O caso foi acatado pelo promotor João Manoel Santana Rodrigues.As acusações: injúria e ameaçaNa denúncia, a vítima diz que deseja que sejam investigadas as seguintes infrações:injúria racial majorada;difamação;ameaça.Além disso, ela também solicita medidas protetivas contra a servidora e colega de classe, Kayllana Passos, como distanciamento mínimo da agressora e proibição de contato.O que diz a lei sobre o crime de racismoConforme a Lei 7.716/89, considera crime o preconceito de raça ou de cor, em que o autor pode ser preso ou multado.Art. 2º: A Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro, em razão de raça, cor, etnia ou procedência nacional;Pena: reclusão, de dois a cinco anos, e multa;Art. 20º: Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional;Pena: reclusão de um a três anos e multa.Saiba como denunciar injúria racialEm casos de injúria racial, você pode denunciar das seguintes formas:Disque 100: um canal gratuito e anônimo para denúncias de violações de direitos humanos, incluindo racismo e injúria racial;Delegacias de Polícia: faça um Boletim de Ocorrência (B.O) na delegacia mais próxima, detalhando o ocorrido e fornecendo informações sobre testemunhas, se houver. Você também pode registrar o B.O online, se disponível na sua região;Plataforma Fala.BR: permite denunciar casos de racismo e outras violações a órgãos públicos federais e outras entidades que aderiram à plataforma;Ministério Público: se a injúria racial afetar um grupo ou a coletividade, o Ministério Público pode ser acionado;Polícia Militar (190): em casos de urgência ou emergência, acione a Polícia Militar.