Em meio a gritos por justiça pela morte do gari Laudemir Fernandes, uma manifestação ocupou o Anel Rodoviário, na altura do bairro Santa Maria, região Oeste de Belo Horizonte, na manhã desta quarta-feira (20). O protesto contou com a presença de amigos e funcionários da empresa onde Laudemir trabalhava.
Durante o ato, os colegas de Laudemir estenderam um cartaz com o escrito: “Somos garis. Não somos lixo. Nossa única esperança é o TJMG e o MPMG”. Os manifestantes também pediram que Renê Júnior, que confessou o crime nesta semana, seja levado a júri popular.
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Laudemir foi morto no dia 11 de agosto, na rua Modestina de Souza, no bairro Vista Alegre, região Oeste da capital. Conforme testemunhas, um caminhão de lixo estava parado na rua, durante a coleta de resíduos, quando Renê Junior exigiu para que fosse liberado espaço na via para passar com o veículo que dirigia, um BYD cinza.
Irritado, ele ameaçou a motorista do caminhão com uma arma. Os garis tentaram intervir e pediram que ele se acalmasse. Foi nesse momento que ele saiu do veículo e disparou contra os funcionários, acertando Laudemir. “E aí ele entrou dentro do carro e foi embora. Não prestou socorro, nem olhou para trás, ele seguiu o caminho dele”, relatou ao BHAZ a motorista do caminhão, Eledias Aparecida.
Renê confessou o crime durante um novo interrogatório, realizado na segunda-feira (18), na sede do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). “Na oportunidade, o suspeito alegou que efetuou o disparo em razão de uma discussão de trânsito e que a sua esposa, servidora da PCMG [Polícia Civil de Minas Gerais], não tinha conhecimento que ele havia se apoderado da arma particular da delegada, uma pistola, calibre .380”, explicou a PCMG.
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