Em um cenário de juros altos no Brasil, muitos investidores buscam alternativas seguras e rentáveis para aplicar seu dinheiro. Entre as opções mais acessíveis está o CDB do Santander, que atualmente rende 100% do CDI. Mas será que essa aplicação realmente compensa? A seguir, explicamos como funciona, suas vantagens, desvantagens e comparamos com a tradicional poupança.
O que é o CDB do Santander?
O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um título de renda fixa emitido por bancos para captar recursos. O modelo oferecido pelo Santander é pós-fixado e está atrelado ao CDI, que acompanha de perto a taxa Selic. Em abril de 2025, com a Selic em 14,25% ao ano, o CDI gira em torno de 14,15%, o que significa que o CDB do banco rende cerca de 14,15% ao ano bruto.
Segurança garantida
Uma das maiores vantagens do CDB do Santander é a segurança. Por ser emitido por um dos maiores bancos do país, há uma solidez institucional envolvida. Além disso, o investimento conta com a cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que protege aplicações de até R$ 250 mil por CPF e por instituição.
Liquidez diária com restrições
O CDB do Santander é anunciado como um produto de liquidez diária, ou seja, permite resgate a qualquer momento. Contudo, existe uma limitação importante: o resgate só é possível até às 20h em dias úteis. Após esse horário, finais de semana e feriados, o valor só pode ser agendado para o próximo dia útil.
Essa particularidade pode ser um problema em situações de emergência fora do horário comercial — algo que outros bancos, como Itaú ou Sofisa Direto, não impõem.
Tributação: IOF e Imposto de Renda
Assim como outros CDBs, o produto do Santander está sujeito a duas formas de tributação:
-
IOF regressivo: Incide apenas nos primeiros 30 dias. Após esse período, é zerado.
-
Imposto de Renda regressivo: Varia entre 22,5% (até 6 meses) e 15% (acima de 2 anos), aplicado somente sobre os rendimentos, não sobre o valor total investido.
Simulação: CDB vs. poupança
Segundo simulação no site Valor Investe, o retorno do CDB do Santander supera facilmente a poupança. Veja o comparativo para um investimento de R$ 1.000 durante 12 meses:
-
CDB Santander (100% CDI):
-
Rendimento bruto: R$ 141,50
-
IR: R$ 24,76
-
Rendimento líquido: R$ 116,74
-
-
Poupança:
-
Rendimento líquido: R$ 80
-
Diferença a favor do CDB: R$ 36,74
-
Além disso, outros bancos oferecem CDBs com rentabilidade de até 110% do CDI, o que, no mesmo exemplo, geraria um rendimento líquido de R$ 128,41, ou seja, ainda mais vantajoso.
Vantagens do CDB do Santander
-
Simplicidade: investimento feito direto pelo app.
-
Segurança: banco robusto + garantia do FGC.
-
Acessibilidade: aplicação inicial a partir de R$ 1.
Desvantagens que merecem atenção
-
Rende apenas 100% do CDI: existem opções melhores no mercado.
-
Limitação de horário: resgates só até às 20h e em dias úteis.
-
Tributação: como todo CDB, há incidência de IR.
Vale a pena investir no CDB do Santander?
Se você já é cliente do banco e busca praticidade, segurança e um rendimento superior à poupança, o CDB do Santander pode ser uma boa escolha para compor sua reserva de emergência.
Porém, se o seu foco está em maximizar o retorno e você não tem receio de usar outras plataformas, vale considerar alternativas com rentabilidade acima de 100% do CDI, como Sofisa Direto, Banco BV ou Daycoval, que também oferecem liquidez diária sem a restrição de horário.
O post Santander oferece CDB com 100% do CDI: saiba se vale a pena investir apareceu primeiro em O Petróleo.