A defesa de Jair Bolsonaro (PL) se manifestou, nesta quinta-feira (21), sobre o indiciamento do ex-presidente e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) em um novo inquérito da Polícia Federal (PF) que o acusa de obstrução das investigações da trama golpista que previa um golpe de estado no Brasil após o resultado das eleições de 2022.Em nota divulgada à imprensa, os advogados de Bolsonaro negaram que o ex-presidente tenha descumprido as medidas cautelares impostas a ele e ainda relataram “surpresa” com o novo indiciamento.A conclusão é de que os dois atuaram em conluio para coagir o Judiciário e evitar o avanço da investigação sobre a tentativa de golpe.”Os elementos apontados na decisão serão devidamente esclarecidos dentro do prazo assinado pelo Ministro relator, observando-se, desde logo, que jamais houve o descumprimento de qualquer medida cautelar previamente imposta”, afirmaram o defensores na nota.
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Tentativa de fugaAlém da tentativa atrapalhar as investigações, a corporação ainda teria identificado o risco de fuga do ex-presidente por meio de um documento que continha pedido de asilo político para a Argentina. No arquivo endereçado ao presidente argentino Javier Milei, Bolsonaro afirma ser alvo de uma perseguição política e de “diversas medidas cautelares”. A defesa do ex-presidente tem até às 20h34 de sexta-feira, 22, para entregar ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), explicações sobre o possível descumprimento das medidas cautelares impostas por ele.