Manoela Conceição, de 29 anos, pessoa com síndrome de Down
| Foto: Reprodução/A Tarde Play
A iniciativa, que proporcionou contato direto com a vida marinha, incluindo peixes coloridos, tartarugas, cavalos-marinhos e até uma moreia, foi promovida pelo Submerso Sup Dive, com apoio da instituição Lar Vida e do projeto Meu Sorriso. Manoela Conceição, de 29 anos, com síndrome de Down; Paula Arcanja, de 45, com deficiência auditiva; e Gabriela de Oliveira, de 19, com autismo, foram acompanhadas pelos instrutores de mergulho Robson Oliveira e Henrique Paz, além dos voluntários Danielle Prates e Joel Brito dos Santos.
Instrutor de mergulho Robson Oliveira
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“Essa ideia surgiu a partir do pedido de uma pessoa com deficiência que tinha o sonho de entrar no mar, mas eu não tinha nenhuma qualificação. Prometi que iria levá-la para mergulhar. Saí de Salvador, me especializei no Rio de Janeiro e trouxe o mergulho adaptado para a Bahia. Hoje é possível realizar o sonho de várias pessoas”, contou Robson Oliveira, idealizador do mergulho adaptado na Bahia.Atividade acessível para diferentes deficiênciasO instrutor de mergulho ainda acrescentou que a prática é aberta a qualquer pessoa com autorização médica e sem problemas pulmonares. “Costumo dizer que qualquer pessoa pode fazer. Basta ter autorização do médico, caso não tenha problemas pulmonares. A gente mergulha com pessoas com deficiência auditiva, surdez, deficiência visual, paraplegia e, agora, estamos introduzindo crianças com paralisia cerebral no mergulho”.Treinamento antes de entrar no mar
Manoela Conceição, de 29 anos, pessoa com síndrome de Down
| Foto: Reprodução/A Tarde Play
Antes de entrar no mar, o grupo recebeu uma aula teórica sobre respiração com cilindro, comunicação por sinais manuais e medidas de segurança. O mergulho, que durou cerca de 30 minutos, foi o primeiro contato das três mulheres com deficiência com as belezas submersas do Porto da Barra.
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Após voltarem do mergulho, Manoela, Gabriela e Paula não conseguiam esconder a felicidade. Entre abraços e risadas, Manoela e Gabriela vibraram com a conquista, e Manoela resumiu tudo em uma frase: “Eu consegui!”. Paula, que se comunica por sinais, mostrou que também estava feliz com a experiência.Voluntários celebram a inclusão
Mergulho adaptado na Bahia
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A psicóloga Danielle Prates, voluntária do projeto Meu Sorriso, foi responsável, junto com o também voluntário Joel Brito, por levar as três mulheres com deficiência ao mergulho. Ela descreveu a alegria de ver a inclusão acontecer no mar. “Conhecemos o Robson, da Submerso, através do projeto Meu Sorriso e digo que foi só sorriso. Vimos a tartaruga, os peixinhos, e elas conseguiram mergulhar. Trazer essa conquista para elas é algo que não tem preço. Nós, enquanto voluntários e integrantes do Lar Vida, só temos a agradecer”, afirmou.Repórter vence trauma ao mergulhar na Barra
Instrutor de mergulho Henrique Paz e o repórter Vinicius Viana
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O repórter e colunista Vinicius Viana, que também participou da atividade imersiva para produção desta reportagem, contou ao instrutor Henrique Paz que carrega um trauma desde a infância, após se afogar na praia de São Tomé de Paripe, no subúrbio de Salvador. Depois de escutar o relato, Paz transmitiu tranquilidade e segurança ao explicar de forma detalhada como seria entrar no mar.“Vamos começar com a água na cintura. Quando você colocar o equipamento, vai se adaptar e sentirá o conforto do próprio equipamento, que não deixará você afundar e que o manterá sempre flutuando. Qualquer problema de ansiedade, eu seguro você na superfície e você não vai afundar de jeito nenhum”, garantiu.De volta à superfície, o repórter celebrou não apenas o primeiro contato com a vida marinha, mas também a confiança recuperada. “O Henrique não me deixou sentir medo nem por um segundo. Ele me mostrou que, com calma e orientação certa, é possível transformar insegurança em coragem. Hoje entendi por que tanta gente ama o mar. É porque ele é mágico. Mergulhar foi como entrar em outro mundo”, afirmou.Assista a reportagem completa