Indústrias acumulam estoque e dão férias coletivas com tarifa dos EUA

Empresas brasileiras já têm sofrido as consequências sobre o tarifaço imposto pelos Estados Unidos. As indústrias madeireira, calçadista e de armamentos, que registram queda nas vendas, adotaram férias coletivas como primeira medida para conter custos. Sem uma reversão das sobretaxas aplicadas pelo presidente Donald Trump, os setores têm tentado buscar apoio com o governo brasileiro para evitar demissões em massa.Segundo levantamento realizado pelo UOL, as instituições do setor de madeira vem acumulando estoque sem as vendas para os EUA. Conforme informou a Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente) — que reúne fabricantes de compensados, pisos, molduras, pallets e outros — a operação do setor está travada, pois os contratos de vendas para o mercado norte-americano foram congelados ou rescindidos.

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As empresas também têm enfrentado problemas com espaço para armazenamento das mercadorias já fabricadas e que seriam destinadas para o exterior. Além disso, muitas companhias estão tendo que remanejar os funcionários.Como exemplo de empresa que vem enfrentando a crise, está a Millpar, que é a segunda maior do setor no Brasil e fabrica molduras e partes de porta. Primeiro, deu férias coletivas aos funcionários da sua unidade em Quedas do Iguaçu (PR) e depois precisou encerrar as atividades dessa unidade na última terça-feira, 19, para concentrar a produção em Guarapuava (PR).De acordo com o superintendente da Abimci, Paulo Pupo, em entrevista ao UOL, as demissões ainda são pontuais. A maioria das empresas, as férias coletivas continuam em vigor. O setor calcula que ainda tem um fôlego de mais uma ou duas semanas antes que as companhias evitem decisões mais radicais. Cenário adverso alcançou também empresas de outros setores.

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