Depois de dois dias de conversas com o Renê da Silva Nogueira Júnior, o advogado Dracon Luiz Cavalcante Lima decidiu assumir a defesa do autor confesso da morte do gari Laudemir de Souza Fernandes, em Belo Horizonte.
Em entrevista ao BHAZ, Lima diz que chega ao caso consciente da responsabilidade de Renê em relação ao crime. Como desafio, ele vai buscar garantir os direitos do investigado e um julgamento que não seja influenciado pela opinião pública.
“Não quero mudar a opinião pública, quero fazer a defesa como deve ser feita. Renê vai pagar pelo que fez, mas dentro dos limites do que fez. Não é para canonizar ninguém, mas Justiça não é o que a opinião pública quer”, declarou.
“Vamos trabalhar para mostrar quem é o Renê, por quê ele passou ali, o que aconteceu, detalhar a dinâmica para analisar o que melhor pode ser feito”, comentou.
Além de advogado criminalista, Lima é professor de processo penal e vice-presidente da Associação de Advogados de Minas Gerais. Ele já atuou em casos de grande repercussão em BH, como dos torcedores do Cruzeiro que mataram um atleticano em emboscada feita a um ônibus em BH, em 2021; o da mulher que matou a síndica do prédio dela; o do fisiculturista morto em uma boate de em BH e o caso do casal de Congonhas que matou uma criança e escondeu o corpo na capital mineira.
Lima foi indicado à defesa de Renê por meio de amigos em comum com o representante comercial alvo da investigação.
“Vou aproveitar o fim de semana para reunir a minha equipe. Vamos fazer um intensivo para analisar o inquérito e estar com tudo na ponta da língua na segunda-feira”, concluiu.
Troca de defesa
O caso envolvendo o assassinato do gari Laudemir Fernandes, em Belo Horizonte, ganhou um novo capítulo com a mudança na defesa do autor confesso do crime, o empresário Renê da Silva Nogueira Júnior.
No dia 18 de agosto, sete dias após o crime, os advogados Leonardo Guimarães Salles, Leandro Guimarães Salles e Henrique Viana Pereira renunciaram à representação. O motivo não foi revelado. A decisão foi formalizada momentos antes de Renê admitir, em novo depoimento à Polícia Civil, a autoria do homicídio.
Para que a confissão fosse registrada, um advogado provisório precisou ser nomeado apenas para acompanhar a oitiva.
Nessa quinta-feira (21), o criminalista Dracon Luiz Cavalcante Lima assumiu oficialmente a defesa do réu, já habilitado pela Justiça.
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