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A Polícia Federal apreendeu o celular, passaporte e um caderno de anotações de Malafaia. O líder religioso está proibido de deixar o país e de manter contato com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), também investigado no inquérito.As medidas foram autorizadas após a análise de mensagens entre Malafaia, Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em que, segundo a investigação, teria havido tentativa de obstrução da Justiça e pressão sobre ministros da Corte.Malafaia chegou a incentivar Jair Bolsonaro, a descumprir medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que resultaram na prisão domiciliar do ex-mandatário.Em entrevista coletiva, Malafaia afirmou que Moraes deveria ser afastado, sofrer impeachment e ser preso. “O criminoso Alexandre de Moraes, que denuncio há quatro anos, estabeleceu o crime de opinião no Estado Democrático de Direito. Não tenho medo de ditadores. Não sou bandido”, declarou.O pastor acusou ainda o Supremo de agir de forma autoritária e questionou outros ministros da Corte. “Senhor Barroso, presidente do STF, o senhor tem medo dele? Gilmar Mendes, o senhor tem medo dele? Aonde nós vamos parar?”, disse.A Polícia Federal afirma que Malafaia teve papel ativo na “definição de estratégias de coação e difusão de narrativas inverídicas”, que visariam pressionar o Judiciário.O caso ocorre em meio à apuração das supostas tentativas de Jair Bolsonaro e aliados de deslegitimar decisões do STF. A renovada ofensiva da PF amplia a pressão sobre figuras ligadas ao ex-presidente e reforça o embate político entre a Corte e setores do bolsonarismo.