Silas Malafaia convoca bolsonaristas para o 7 de setembro

O protagonismo de polêmicas continua na rotina do pastor Silas Malafaia, mesmo após ser alvo de mandado de busca e apreensão da Polícia Federal no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Ao desembarcar de Lisboa, prestou depoimento às autoridades e, em seguida, fez duras críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a quem chamou de “criminoso”.Ainda nas redes sociais, Malafaia convocou apoiadores do ex-presidente Bolsonaro para participar de manifestações no próximo dia 7 de Setembro. Malafaia disse se tratar de uma “resposta” ao que classificou como perseguição política.

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A Polícia Federal apreendeu o celular, passaporte e um caderno de anotações de Malafaia. O líder religioso está proibido de deixar o país e de manter contato com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), também investigado no inquérito.As medidas foram autorizadas após a análise de mensagens entre Malafaia, Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em que, segundo a investigação, teria havido tentativa de obstrução da Justiça e pressão sobre ministros da Corte.Malafaia chegou a incentivar Jair Bolsonaro, a descumprir medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que resultaram na prisão domiciliar do ex-mandatário.Em entrevista coletiva, Malafaia afirmou que Moraes deveria ser afastado, sofrer impeachment e ser preso. “O criminoso Alexandre de Moraes, que denuncio há quatro anos, estabeleceu o crime de opinião no Estado Democrático de Direito. Não tenho medo de ditadores. Não sou bandido”, declarou.O pastor acusou ainda o Supremo de agir de forma autoritária e questionou outros ministros da Corte. “Senhor Barroso, presidente do STF, o senhor tem medo dele? Gilmar Mendes, o senhor tem medo dele? Aonde nós vamos parar?”, disse.A Polícia Federal afirma que Malafaia teve papel ativo na “definição de estratégias de coação e difusão de narrativas inverídicas”, que visariam pressionar o Judiciário.O caso ocorre em meio à apuração das supostas tentativas de Jair Bolsonaro e aliados de deslegitimar decisões do STF. A renovada ofensiva da PF amplia a pressão sobre figuras ligadas ao ex-presidente e reforça o embate político entre a Corte e setores do bolsonarismo.

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