
É sepultado em Belém o corpo de jovem vítima de feminicídio no Mato Grosso
“Cheia de sonhos para realizar”. É assim que Jaciara Gonçalves da Silva descreve a filha. Mas sonhos foram interrompidos após mais um caso de feminicídio e o corpo da estudante de administração Jacyra Grampola Gonçalves da Silva foi sepultado na sexta-feira (22) em Belém, cidade natal dela.
“Ela tinha vários sonhos que queria realizar, era uma menina cheia de sonhos. Não morreu para mim. Vai ficar para sempre dentro de mim, no meu coração”, afirmou a mãe.
Jacyara tinha 24 anos e foi morta a tiros enquanto almoçava com uma amiga na cidade de Sorriso, no Mato Grosso. O suspeito era o ex-namorado, que não aceitava o fim do relacionamento, segundo a família, e está preso.
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Jacira Grampola Gonçalves da Silva, de 24 anos, era estudante de administração e foi morta em um pesqueiro de Sorriso.
Reprodução
O crime foi no domingo (17) enquanto a vítima estava em um pesqueiro no Bairro Verdes Campos, em Sorriso, a 420 km de Cuiabá.
Câmeras de segurança registraram o momento em que o homem chegou ao local onde a jovem estava segurando uma caixa embrulhada. Em seguida, ele abriu o pacote, retirou uma arma e disparou diversas vezes contra Jacyara. A jovem caiu ferida no chão, chegou a ser socorrida, mas não resistiu.
O principal suspeito do crime é o ex-namorado da vítima, José Alves dos Santos, de 31 anos, que chegou a ficar foragido, mas depois acabou preso no dia seguinte.
Vítima era perseguida pelo ex
A vítima já tinha conversado com a mãe sobre o medo que vivia e já tinha medida protetiva contra o suspeito.
“Ela me comtou que tinha terminado este relacionamento, tinha saído do apartamento e que depois ele passou a persegui-la em todo liugar. Ela já andava atordoada”, conta a mãe da jovem.
O corpo dela chegou a Belém na quinta-feira (21) e o sepultamento foi em um cemitério público no bairro Tapanã no dia seguinte, reunindo familiares e amigos da paraense, que desde outubro de 2024 morava na cidade mato-grossense. Eles esperam que o suspeito permaneça preso e também por mais proteção às mulheres para evitar outras vítimas.
“O homem que não aceita um não, o que se tem de fazer? Monitorar, colocar uma tornozeleira eletrônica. Ou a lei muda, ou muitas mulheres ainda vão morrer”, afirma Vera Lúcia Silva, tia da vítima.
Estudante de administração foi morta em pesqueiro de Sorriso (MT) e ex-namorado foi preso como suspeito do crime.
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