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Com isso, afirma o procurador-geral, Tagliaferro contribuiu ativamente para a divulgação de dados sensíveis de interesse dos investigados e anunciou publicamente a intenção de revelar novas informações sigilosas.”O vazamento seletivo de informações protegidas por sigilo funcional e constitucional, amplamente publicizado por meio de veículos de comunicação, teve o nítido propósito de tentar colocar em dúvida a legitimidade e a lisura de importantes investigações que seguem em curso no Supremo Tribunal Federal, como estratégia para incitar a prática de atos antidemocráticos e tentar desestabilizar as instituições republicanas”, diz a denúncia.Agora, o STF deve abrir prazo para que a defesa de Tagliaferro se manifeste sobre e acusação da Procuradoria. Na sequência, a Corte deve decidir se torna o ex-assessor réu. Não há prazo para esse julgamento.ExtradiçãoO ministro Alexandre de Moraes solicitou ao Ministério da Justiça (MJ) a tomada de providências para extradição do ex-assessor Eduardo Tagliaferro. O pedido foi feito na última quarta-feira, 20, e o MJ encaminhou a solicitação ao Ministério das Relações Exteriores, para formalização junto ao governo da Itália, para onde Tagliaferro se mudou.Na quinta-feira (21), o MJ informou a Moraes que tomou as providências para dar andamento ao pedido de extradição.A defesa de Tagliaferro se manifestou por meio de nota. Confira:”A defesa recebeu, sem surpresa, a notícia de que o Sr. Eduardo Tagliaferro foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República. Chama a atenção a farta quantidade de crimes atribuídos em frente à absoluta ausência de uma única palavra ou linha sobre as graves informações relacionadas ao conteúdo das matérias jornalísticas.Fica clara a perseguição direcionada a quem foi vítima de um telefone indevidamente apreendido e, apenas, confirmou o teor das informações constantes nas mensagens.Infelizmente, muita coisa fora dos parâmetros legais aconteceu no período em que o perito esteve à frente do gabinete de combate à desinformação do TSE, considerando as ordens que recebia e não tinha opção de descumprir, o que, inclusive, gerou vários pedidos de exoneração.Por fim, dada a explícita perseguição, Sr. Eduardo registra que teme por sua vida. Contudo, revelará informações que, estas sim, merecem ser analisadas com o rigor da lei para a moralização do país”.