
A cidade de São Lourenço do Sul (RS) atingida pelas chuvas no estado
Reprodução/Jornal Nacional
Em São Lourenço do Sul, no sul do Rio Grande do Sul, foi tanta chuva que a prefeitura decretou situação de calamidade pública. Segundo a Defesa Civil municipal, foram 200 milímetros em 48 horas. O arroio que corta a cidade transbordou.
“Tô muito nervosa. Que susto… fazer o quê, né? Se eu soubesse nem tinha vindo pra cá, tinha ficado na vila”, disse Neuza Ribeiro, aposentada.
Ao menos duas mil casas foram atingidas. A Prefeitura montou um abrigo emergencial que já acolheu 27 pessoas.
“Não consegui nem tirar o carro. Levantei às 7h, aí falei pro meu marido: ó, tá aqui na frente de casa já. Foi muito rápido, subiu muito rápido assim. Agora é esperar a água baixar”, contou Fabíola Correia, funcionária pública.
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Em Camaquã, a chuva provocou a interrupção nesta rodovia que liga a cidade à BR-116. A prefeitura abriu o asfalto para facilitar o escoamento da água.
Na região central do estado, o grande volume de chuva em pouco tempo elevou rapidamente o nível do rio Vacacaí, em São Gabriel. Ruas e casas ficaram alagadas. Segundo a medição da Defesa Civil municipal, choveu 203 milímetros em apenas 24 horas.
“Colchões, sofá que molhou mais também. A parte de sofá, a parte de geladeira que a gente teve que ir, os freezers e tudo. Molhou muito, foi muita água”, relatou Alexandre Sagaz Machado, funcionário de frigorífico.
Em Porto Alegre, algumas regiões da cidade chegaram a registrar mais de 120 milímetros de chuva nos últimos dois dias — volume equivalente à média esperada para todo o mês de agosto.
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Próximo da capital, o município de Lindolfo Collor decretou situação de emergência depois de uma tempestade de granizo que causou danos em mais de 30 casas e prejuízos nas lavouras. O decreto permite o apoio emergencial às famílias inscritas no CadÚnico.