
Ginastas brasileiras celebram no Mundial de Ginástica Rítmica.
Reprodução/Jornal Nacional
No Mundial de Ginástica Rítmica.
Num quadrado de 14 por 14 metros cabem os sonhos de um país inteiro.
“Tem tamanho? Acho que é gigante! É infinito!”, disse Camila Ferezin, técnica da seleção de conjunto de ginástica rítmica.
A ginástica rítmica do Brasil já ganhou medalhas em torneios importantes, mas nunca tinha subido ao pódio num campeonato mundial. Por esse objetivo, cada movimento é comemorado como um gol.
“Cada competição é uma competição diferente, então a gente só queria fazer o nosso melhor, e acredito que a gente conseguiu fazer isso hoje”, disse Duda Arakaki, ginasta.
Mas uma torcedora em especial prefere sair de cena quando as meninas entram para brilhar. A apresentação da equipe brasileira acabou de começar. A nossa câmera não pode ser apontada para a quadra, e os olhos da dona Keila também não querem observar o que está acontecendo.
Ela prefere ficar assim, imaginando e torcendo, mas torcendo muito. Entre orações, o ruído da torcida vai guiando o coração de mãe.
“Eu vejo tudo depois, assisto mil vezes depois. Mas é uma opção de… Eu prefiro estar rezando, porque a minha energia é muito pesada para a hora da apresentação”, disse Keila Madeira, mãe da Sofia.
Um peso que a Sofia, filha da dona Keila, não sentiu. Nem a Duda, a Mariana, a Maria Paula, a Nicole. Primeiro ao som de “Evidências”, a série mista.
Com arcos e bolas, valeu a liderança da competição. Primeiro lugar mantido na apresentação com as fitas.
“E depois, assistindo o celular, a gente se sentia muito bem. Ao vivo ela nunca consegue assistir”, disse Sofia Madeira, ginasta.
Mas depois do que as meninas fizeram hoje, não tem quem não queira ver e rever. Na soma das duas apresentações, o conjunto brasileiro somou 55.250 pontos, a mais alta nota alcançada pela equipe na temporada. Só atrás das japonesas, que ficaram com o título.
Um show que valeu a medalha de prata, a primeira da história do Brasil em campeonatos mundiais de ginástica rítmica. E amanhã as meninas podem voltar ao pódio. Elas vão disputar medalhas nas duas finais por aparelhos.