Três produções culturais para refletir sobre a identidade negra no Brasil

Ouvir:A música Até sua Alma, de Djonga, com Tasha e Tracie, aborda temas como superação, resistência e identidade cultural. A introdução de Léo Gordo ressalta a importância da fé e da cultura afro-brasileira, que faz uma saudação e lembra que a honra pertence a Deus e aos orixás, enquanto a referência a “Dai a César o que é de César” clama por justiça social para o povo negro. Djonga contrapõe sua ascensão à realidade de muitos que enfrentam opressão, enfatizando a importância de manter a essência diante das pressões da indústria cultural. Tasha e Tracie compartilham suas experiências como mulheres negras que superaram barreiras por meio da música. O final, com uma intervenção de Mano Brown, reforça a resiliência e a beleza da comunidade negra, simbolizada pela metáfora da “verdadeira dama da noite”.

Rapper Djonga lançou a música Até sua Alma

|  Foto: @aquadrilh / Divulgação

Ler:Vidas rebeldes, belos experimentos é uma obra de Saidiya Hartman que investiga a vida de jovens negras rebeldes e suas vivências de resistência contra as opressões sociais e raciais no início do século 20. O livro utiliza uma abordagem que combina pesquisa histórica e narrativa literária.Ir:A exposição Ele é Xangô, na Casa do Benin, apresenta 23 fotografias que contam a história do sagrado e dos mistérios da espiritualidade africana. A exposição conta com duas instalações: a primeira apresenta objetos ressignificados, incluindo uma série de moringas associadas aos orixás. Já a instalação Corpo-esteira consiste em um conjunto de seis esteiras que remetem ao barco dos Filhos de Santo da Mãe Simplícia de Ogum Dequissi, importante Ialorixá da Casa Oxumarê. No corpo-esteira, os signos pintados pelo artista se juntam às ferramentas dos Orixás, feitas no ateliê de José Adário, Mestre Ferreiro do Orixás.

Exposição Ele é Xangô – Nos Terreiros do Candomblé em Salvador

|  Foto: Carolina Fidelis / Divulgação

*Artista visual

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