
Estudantes do Ifac alcançaram posição mais alta no pódio
“O Acre existe e também faz foguetes”
Esse é o lema do estudante João Augusto do Nascimento de Queiroz, de 17 anos, do 3º ano integrado em informática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre (Ifac). Ele fez parte do grupo acreano que conquistou medalha de ouro na Jornada dos Foguetes, organizada pela Olimpíada Brasileira de Foguetes (OBAFOG), que aconteceu em Barra do Piraí, no Rio de Janeiro, entre 18 e 21 de agosto.
O evento reuniu estudantes que se destacaram nas competições da Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG). A equipe acreana, também formada pelas estudantes Jéssica Moura e Katriele Barbosa, lançou um foguete a mais de 200 metros de distância, o equivalente a um prédio de 60 andares. (Veja acima)
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Estudantes do campus Tarauacá também haviam participado de uma etapa da jornada na qual conquistaram a medalha de prata.
Ao g1, o estudante de Sena Madureira, no interior do Acre, contou que apesar das dificuldades durante o processo de testes, o grupo conseguiu desenvolver o projeto que foi pensado e subiu no topo do pódio
“No começo utilizávamos garrafas pets, coifas de maçã e papel paraná. Mas as maiores dificuldades foram os custos materiais, já que testamos muitos foguetes, e também a falta de um espaço apropriado para os lançamentos dentro da cidade. [A competição] Foi uma experiência incrível”, afirma.
Os estudantes que formaram a equipe costumam participar de diversos projetos científicos do Ifac e já vêm desenvolvendo os foguetes artesanais, impulsionados por misturas químicas.
De volta ao Acre, João Augusto busca inspirar outros jovens do Acre a participar de feiras de ciências. Os estudantes também integram o projeto de extensão Ciência em Ação, que tem o objetivo de despertar o interesse de jovens pelos estudos científicos.
“A ideia é levar oficinas de foguetes para escolas e comunidades, desde o ensino fundamental até o ensino médio. Queremos mostrar que a ciência pode ser divertida e transformadora”, explicou.
‘Intercâmbio cultural’
Estudantes foram acompanhados pela professora de física Karla Vilas Boas
Arquivo pessoal
Os estudantes viajaram acompanhados pela professora, Karla Leite Vilas Boas, que ressalta a importância de programas que integram cultura e educação afim de mostrar aos alunos que a ciência não é algo distante de suas realidades.
Ainda conforme a educadora, a participação em competições desse tipo também incentiva o desenvolvimento dos alunos em várias competências.
“Os meninos são colocados para fazer uma prática experimental, onde envolve muita química, física, matemática, habilidade de trabalho em grupo, e pesquisa”, conta.
Karla foi quem iniciou o projeto em 2023, com oficinas que envolveram estudantes de todo o ensino médio. No ano passado, por conta de uma greve, a iniciativa foi interrompida, mas foi retomada este ano e já com classificação para a competição nacional.
“É na jornada desse intercâmbio cultural com alunos de todos os estados que eles trocam experiências e descobrem novas culturas. Através de programas como a Jornada de Foguetes, eles tem uma oportunidade prática de aprendizado”, destaca.
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