Dino determina que PF investigue R$ 694 mi em emendas parlamentares

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Federal (PF) instaure inquéritos com o objetivo de apurar 964 planos de trabalho de emendas parlamentares individuais que não foram cadastrados corretamente no sistema oficial do governo.O valor total chega a R$ 694,6 milhões, de acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU).Emendas parlamentares são verbas previstas por lei no Orçamento anual da União. Pelas regras, é necessário que governo libere os valores para parlamentares, que direcionam as emendas para obras e projetos em seus estados.No Orçamento de 2025, estão previstos R$ 50 bilhões em emendas. Elas podem ser de vários tipos: individuais, de bancada, de comissão.

Leia Também:

PEC da Impunidade? Proposta quer tirar ações de parlamentares do STF

PF investiga desvio de emendas parlamentares para jogos eletrônicos

Cobrança de Dino sobre emendas dificulta negociação do IOF

Na decisão, Dino determina que o TCU identifique as emendas por estado e encaminhe as informações às superintendências da PF de todo o Brasil. O objetivo é que cada unidade da corporação instaure inquérito policial sobre os recursos.Além da ordem de investigação, Dino:determinou que a Advocacia-Geral da União e os ministérios elaborem um cronograma de análise das prestações de contas das emendas entre 2020 e 2024;mandou a Controladoria-Geral da União realizar auditoria sobre repasses à Associação Moriá, alvo de denúncias de irregularidades;obrigou Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco do Nordeste a criar contas específicas para cada emenda, proibindo transferências para contas de passagem ou saques em espécie;reforçou que, a partir do Orçamento de 2026, os repasses de emendas individuais deverão ser feitos via Ordem de Pagamento da Parceria (OPP), ferramenta eletrônica que amplia a rastreabilidade dos recursos.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.