
Fim de julho: Incêndio atinge área descampada de quadra da 911 Norte, na Asa Norte.
O Distrito Federal registrou mais de 3,8 mil ocorrências de incêndios ambientais entre o início de junho e a última quinta-feira (21), apontam dados enviados pelo Corpo de Bombeiros do DF ao g1.
Segundo a corporação, esses focos são fruto de ação humana, seja criminosa ou acidental, e não meras ocorrências naturais.
O fogo pode surgir, por exemplo, de uma queima de lixo ou entulho que foge do controle, com fogueiras mal apagadas ou até com bitucas de cigarro jogadas em áreas naturais. Na estação seca, as altas temperaturas e a baixa umidade características do cerrado são agravantes.
Apenas nas três primeiras semanas de agosto, o Corpo de Bombeiros foi acionado em 1.430 ocorrências – média de 68 por dia.
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Juntos, esses focos consumiram 3.737,1 hectares – mais que o dobro dos 1.741 hectares queimados em todo o mês de julho.
De acordo com os dados dos bombeiros, as regiões com mais registros foram Plano Piloto, Ceilândia, Gama, Planaltina e Brazlândia.
Veja os números:
Junho: 809 ocorrências; 755,19 hectares queimados
Julho: 1.566 ocorrências; 1.741,67 hectares queimados
Agosto (até dia 21): 1.430 ocorrências; 3.737,1 hectares queimados
Os números se aproximam, mas ainda estão abaixo do registrado em 2024 – no mesmo período, foram 4,89 mil ocorrências e 10,1 mil hectares queimados ao todo. Naquele ano, o DF bateu recorde de estiagem e fogo.
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O Corpo de Bombeiros do DF monta todos os anos uma operação, chamada Verde Vivo, para tentar reduzir e evitar os incêndios florestais durante a estação seca.
O oficial de Informação Pública da corporação, capitão Charles Palomino, afirma que a população também pode ajudar a frear os índices.
“Nessa época do ano, não é indicado fazer fogueiras ou até mesmo queimar lixo, pois o mínimo descuido pode ocasionar um grande incêndio em vegetação. Muito cuidado com as bitucas de cigarro, orientação aos fumantes, tenha consciência e certifique-se que você apagou a bituca do seu cigarro para depois fazer o descarte correto”, enumera.
“E um apelo às pessoas que moram em áreas rurais, faça aceiros ao redor das edificações de sua propriedade. O galinheiro, chiqueiro, curral, sua própria casa, faça a limpeza do terreno ao redor das edificações, pois em caso de incêndios florestais elas estarão protegidas. Evite usar o fogo como forma de limpar terrenos ou renovar pastagens”, segue Palomino.
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Na sexta (22), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um aviso vermelho de grande perigo no DF em razão da baixa umidade.
Ainda segundo o Inmet, a previsão do tempo para os próximos dias indica que o clima seguirá seco, com temperaturas elevadas e umidade relativa do ar entre 12% e 20%.
De acordo com o instituto, nesses níveis, a umidade eleva o risco de incêndios e também prejudica a saúde da população.
Incêndio na Asa Norte atinge quadra 911 Norte.
TV Globo/Divulgação
Riscos à saúde e desconfortos causados pelo clima seco:
Dor de cabeça
Doenças pulmonares
Ressecamento da pele
Ressecamento da pele
Ardência nos olhos, boca e nariz
Dicas para diminuir desconfortos
🥤💦 Beba bastante líquido
🚫 🏃 Atividades físicas são nocivas em tal tempo seco
🌤️Evite exposição ao sol nas horas mais quentes do dia
👁️ Para os olhos, usar colírios lubrificantes, compressas frias, evitar fumaça e poluição
🧴 Use hidratante para pele e umidifique o ambiente
🚫☕ Evite bebidas diuréticas (café e álcool).
Obtenha mais informações junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).
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