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Para ele, a preparação é tanta que entraria em campo já na quinta-feira, 28, contra o Fluminense, pela Copa do Brasil: “Eu já vinha treinando há algum tempo no Santos. Tive a oportunidade de jogar depois da minha lesão, e hoje eu me considero pronto. Se o professor optar por mim na quinta-feira, eu estarei muito feliz e tô pronto pra fazer o meu melhor dentro de campo”.Vindo de uma lesão grave no tendão de Aquiles, o objetivo é voltar com tudo para o Bahia, onde já vem acompanhando os treinos há uma semana. “Eu venho trabalhando forte desde que voltei da minha lesão. No dia a dia, me cobro bastante, principalmente na questão de treinamento, parte técnica ali, então essa autocobrança que eu tenho com certeza vai ser o diferencial pra que eu possa voltar a render o que eu sei que posso entregar dentro de campo”, conta.Trocando Santos por Bahia”(Estou) um pouquinho nervoso, é minha primeira apresentação. Só tinha vivenciado o Santos em toda a minha carreira”. A primeira frase de João Paulo na apresentação mostra a relação que tem com o alvinegro, clube que defende desde a base.No entanto, os últimos meses de João no Peixe foram marcados por uma “competição amigável” com Brazão, outro goleiro do clube, que fez com que ele tivesse cada vez menos minutos em campo. “Essa rivalidade que existe dentro de campo nos treinamentos é saudável para o clube. Primeiramente, o Brazão é um grande goleiro, tá na lista de pré-convocados da seleção não é à toa, um menino muito jovem que saiu muito cedo do Brasil e amadureceu muito. Quando ele voltou pro Santos no ano passado, pude ajudar bastante ele”, conta. “Então essa rivalidade que a gente acabou criando ali de questões de treinamento me fez reacender aquela chama de querer render principalmente dentro do Santos. Não ter muitas oportunidades dentro de campo me fez achar que seria o momento de procurar novos ares”, completa.Daí veio a ideia de chegar ao Bahia, clube que atraiu o goleiro pelo estilo de jogo e projeto para o final desta temporada e início da próxima: “Pelo momento que o Bahia vive, pelo projeto que tem o clube, é um clube que sabe aonde quer chegar. Há algum tempo eu já vinha criando essa ideia de procurar novos ares, pra poder voltar a jogar também, ter oportunidades, principalmente depois da minha lesão. Queria ter esse sentimento novamente, principalmente de estar em campo, estar jogando, fazer o que eu sei fazer de melhor. O que me fez escolher o Bahia foi o projeto”.
João Paulo foi apresentado no Bahia nesta segunda-feira, 25
| Foto: Téo Mazzoni / Ag. A Tarde
No Esquadrão, a competição é com Ronaldo, já que Marcos Felipe deixou o clube pouco antes da chegada de João, em meio a uma fase de muito desagrado entre a torcida e ambos os goleiros. “São goleiros com muita qualidade, faltava um pouco de confiança. Nos últimos jogos o Ronaldo conseguiu ir bem, ajudar o Bahia a conquistar os triunfos”, avaliou João. “A pressão do momento do Bahia é uma pressão boa. É aquela pressão que o jogador gosta de ter, a pressão por resultados melhores. Então, como eu falei, eu chego para ajudar o Bahia da melhor maneira possível, e vou fazer o meu máximo pra corresponder à altura”, garantiu. Apesar de reconhecer a pressão, ele se sente mais que pronto para enfrentá-la: “Em relação à pressão eu tô bem tranquilo. Eu venho de um clube em que só de estar nele já tem pressão. É um clube gigantesco como é o Santos. Então eu tô bem tranquilo, vou procurar trabalhar bastante no dia a dia, buscar meu espaço, e o professor decide quem joga”.Estilo de jogo do BahiaOs “novos ares” tão comentados por João Paulo estão chegando, e prometem mudar a realidade conhecida pelo goleiro. Agora no Bahia, ele deve ser mais cobrado a jogar usando os pés, estilo de jogo mais explorado por Rogério Ceni.”Eu tô muito tranquilo. Assisti os últimos jogos, vi que o Ronaldo foi muito acionado durante as partidas, e nessa semana que tive de treinamento com o Rogério eu já consegui assimilar bastante o trabalho, então eu tô bem tranquilo e tenho certeza que eu vou conseguir ajudar da melhor maneira”, garantiu.”Aqui, o Rogério trabalha os goleiros e dá essas opções pro goleiro poder jogar, então fica bem mais fácil do goleiro tomar uma decisão e fazer uma construção de uma saída de jogo mais tranquila. Claro, com a responsabilidade de saber que ali atrás a gente tem que errar o mínimo possível, mas também a tranquilidade que ele passa pra nós jogarmos. Ele dá as opções, então fica fácil”, opinou.Além de Ceni, outros nomes no elenco do Bahia já são conhecidos por João, que chegou a atuar com dois jogadores do elenco atual – Jean Lucas e Willian José. “Lá atrás, no começo de 2013, eu tive a oportunidade de trabalhar com o Willian José, antes dele ir pra Europa. O Jean Lucas, joguei com ele no Santos em 2023. O Willian e o Jean eu tive a oportunidade de trabalhar lá no Santos”, contou.
Mas as amizades no Tricolor não param por aí – um ex-Bahia foi importante na decisão de João Paulo pelo Esquadrão, conversando com o ex-colega ainda no Santos sobre o clube baiano. “Conheço o Thaciano, joguei com ele no Santos sub-23. Antes de vir pra cá, de tomar minha decisão, eu conversei bastante com ele por ele ter esse carinho com o clube, essa identificação com o clube”, relatou.A troca, então, traz a João Paulo tudo que ele quer viver, na esperança de que ele encontre no Bahia a força e a possibilidade de vencer cada vez mais. “Meu contrato é de empréstimo por uma temporada, até a metade do ano que vem, e enquanto eu tiver dentro do contrato com o Bahia eu vou fazer de tudo pra poder ajudar o clube da maneira que for necessário, dentro ou fora de campo, assim como fiz no Santos”, prometeu. “Graças a Deus saí do Santos de cabeça erguida, pela porta da frente, com o respeito da torcida, e esse respeito que eu conquistei da torcida do Santos eu espero que com essa entrega dentro de campo eu possa conquistar da torcida do Bahia também”, finalizou.