Hematomas em um dos braços do estudante
Acervo pessoal
A Polícia Civil investiga uma denúncia de que professores teriam agredido um estudante de 12 anos que estava em surto, em Piracicaba (SP).
Em boletim de ocorrência, a mãe do adolescente relatou que ele possui diagnóstico de transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), transtorno desafiador opositor, transtorno misto e depressivo e inteligência limítrofe.
Segundo ela, por volta das 12h da última quarta-feira (20), o adolescente teve um surto na escola e “entrou em vias de fato” com outro aluno que o chamou de autista.
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A mãe também informou que apurou que, ao tentar conter seu filho, um professor desferiu um golpe no rosto dele. E que outro professor lhe aplicou um golpe mata-leão, enquanto um terceiro tentou puxá-lo pela mochila, machucando o adolescente.
A denunciante ainda relatou que isolaram seu filho no campo de futebol da escola, com duas crianças segurando o portão, para que não escapasse. E que o adolescente tentou escalar o alambrado para tentar fugir, mas foi agredido por um estudante maior de idade.
A mãe detalhou que não foi a primeira vez que o jovem teve um surto na escola, e que na unidade há uma professora para auxiliar crianças neurodivergentes, mas ela não estava no local no dia dos fatos.
Ferimento em um dos braços do adolescente
Acervo pessoal
Sob investigação
A ocorrência foi registrada pela Polícia Civil como lesão corporal. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) informou que investiga o ocorrido. O caso foi registrado pelo Plantão da Delegacia Seccional de Piracicaba e encaminhado ao 3º Distrito Policial, área dos fatos.
Já a Unidade Regional de Ensino (URE) de Piracicaba informou que “é veemente contra qualquer tipo de violência ou de capacitismo, dentro ou fora do ambiente escolar”. E que, ao saber do ocorrido entre os estudantes, funcionários intervieram, promovendo a pacificação entre eles.
“Para verificar a conduta de gestão, a URE de Piracicaba vai abrir uma apuração preliminar. Os responsáveis de todos os envolvidos foram chamados para tomarem ciência das medidas cabíveis. Um profissional do programa Psicólogos nas Escolas vai atender o estudante e a equipe regional do Conviva vai apoiar a unidade na promoção de ações de melhoria da convivência escolar e da cultura de paz”, acrescentou.
O estudante possui dois professores auxiliares para atendê-lo. Eles o acompanham dentro da sala de aula. O profissional de atividades diárias (cuidador) começou nesta segunda-feira (25).
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