Petrobras (PETR4) está de graça? Estratégia revela oportunidade única para investidores

As ações da Petrobras (PETR4) vêm registrando quedas expressivas no último ano, o que abriu espaço para análises de que os papéis estariam entre as mais baratas da bolsa. Apesar do lucro líquido de R$ 26 bilhões no segundo trimestre de 2025 – revertendo o prejuízo do mesmo período do ano anterior – a companhia perdeu cerca de R$ 32 bilhões em valor de mercado após anunciar dividendos abaixo das expectativas.

Dividendos e impacto do Capex

O mercado reagiu negativamente à decisão da estatal de distribuir R$ 8,66 bilhões em dividendos, uma queda em relação aos R$ 11,7 bilhões do trimestre anterior. Segundo especialistas, o aumento de 9% no Capex (despesas de capital) reduziu o fluxo de caixa livre, o que limitou o pagamento aos acionistas. Para investidores focados em renda passiva, essa foi a principal causa da desvalorização imediata.

Retorno à distribuição de gás preocupa

Outro ponto polêmico foi o anúncio da volta da Petrobras ao setor de distribuição de gás de cozinha. O movimento reacendeu preocupações sobre possíveis interferências políticas, já que o presidente Lula tem criticado os preços do botijão. Analistas do Banco Safra alertam que a decisão pode comprometer margens de lucro e trazer instabilidade para a empresa.

Estratégia quantitativa mostra ações baratas

Apesar da turbulência, especialistas do Clube do Valor destacam que, segundo uma estratégia quantitativa baseada no múltiplo EV/EBIT, a Petrobras figura entre as 10 ações mais baratas da bolsa brasileira em agosto de 2025. A metodologia considera não apenas o lucro líquido, mas indicadores operacionais, projetando valor de mercado abaixo do preço justo.

Essa estratégia, testada nos últimos 10 anos, entregou retornos acima do Ibovespa, reforçando a tese de que ações “baratas” costumam carregar histórias ruins no curto prazo, mas podem gerar ganhos no longo prazo.

Diversificação como proteção

Especialistas lembram que, apesar de PETR4 estar barata, investir em uma única empresa não elimina riscos. A recomendação é manter carteiras diversificadas com pelo menos 16 a 20 ativos, o que reduz em mais de 90% o risco não sistemático.

Oportunidade ou armadilha?

A questão central permanece: Petrobras está barata ou arriscada? A resposta depende do perfil do investidor. Enquanto alguns enxergam a volta do governo em decisões estratégicas como um risco de destruição de valor, outros acreditam que o preço atual já reflete essas preocupações, tornando a ação uma oportunidade.

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