Dono de padaria e padeiro são indiciados por homicídio culposo após intoxicação por torta de frango em BH

A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu a investigação sobre a morte de Cleusa Maria de Jesus, de 78 anos, e a intoxicação grave do casal João Vitor Carrilho Reis, de 24, e Fernanda Isabella de Morais Nogueira, de 23, após a ingestão de uma torta contaminada comprada na Padaria Natália, no bairro Serrano, na região da Pampulha, em Belo Horizonte, em abril deste ano. Segundo a apuração, uma sequência de “negligências graves” por parte do dono do estabelecimento e do padeiro levou à contaminação do alimento por toxina botulínica.

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As investigações identificaram diversas irregularidades e “condições insalubres” na padaria, como:

  • armazenamento inadequado de alimentos, com carnes cruas misturadas a produtos prontos;
  • alimentos destampados e expostos;
  • condições de higiene precárias e estufas mal higienizadas;
  • falta de alvarás e licenças para funcionamento;
  • modelo de contratação irregular de funcionários.

O casal comprou a torta na padaria e foram até a casa de Creuza Maria. Os três consumiram o alimento. João e Fernanda notaram um sabor e odor estranho na torta e voltaram até a padaria para fazer a devolução do produto. “No outro dia, por volta das 5 horas da manhã, o casal começou a passar mal e foram até um hospital”, explicou a delegada Eliane Seda, Titular da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor.

Cleuza Maria também passou mal e sofreu uma parada cardiorrespiratória em casa. Ela foi reanimada pelo filho e levada para um hospital. “Os três seguiram internados, porém a a senhora estava em coma e não teve melhora no quadro de saúde”, disse a delegada. A idosa morreu cerca de um mês após ser hospitalizada. Já o casal ficou com sequelas na visão, coordenação motora e força muscular.

O proprietário da padaria e o padeiro foram indiciados por “homicídio culposo”, “lesão corporal culposa” e por violação do artigo 7º da Lei 8.137, que trata de produto impróprio para consumo. A padaria, que já havia sido interditada, encerrou suas atividades no local em agosto de 2025, segundo atualização da Prefeitura de Belo Horizonte.

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