A Karoon Energy, empresa australiana de petróleo e gás, anunciou um plano de investimentos robusto para revitalizar o FPSO Cidade de Itajaí e estender a vida útil do campo de Baúna, localizado no bloco BM-S-40, na costa brasileira. O aporte previsto chega a US$ 55 a 65 milhões em 2026 e aproximadamente US$ 80 a 90 milhões entre 2030 e 2034, somando até US$ 155 milhões.
Extensão da vida útil do projeto Baúna
Segundo a companhia, uma análise abrangente confirmou que os planos de revitalização podem ampliar a vida econômica do campo em até sete anos, passando de 2032 para 2039, quando expira a concessão de produção. A revisão considerou fatores como redução de custos operacionais, fim do afretamento do FPSO Altera&Ocyan (A&O), atualização nos custos de abandono e desempenho acima do esperado do reservatório nos últimos 18 meses.
Revisão das reservas e produção
O levantamento realizado em 30 de junho de 2025 resultou em uma revisão positiva das reservas 2P, que cresceram de 39 milhões de barris em dezembro de 2024 para 52,7 milhões de barris, após a produção de 3,9 milhões de barris no primeiro semestre deste ano. O aumento representa uma valorização de 120% em relação ao volume recuperável desde a aquisição do ativo, em 2020.
Já os recursos contingentes 2C foram reduzidos de 11,2 milhões para 3 milhões de barris, ajustados ao potencial de produção até o final da vida útil da instalação em 2040.
Custos e CAPEX projetado
Além dos investimentos em revitalização e extensão, os custos de abandono do campo também foram revistos. Inicialmente estimados em US$ 174,9 milhões em 2032, eles passaram para US$ 260 milhões em 2039, devido ao prolongamento da operação e ajustes em taxas de embarcações e escopo de atividades.
O plano de CAPEX para extensão de vida útil inclui ainda duas campanhas de flotel e atualizações de equipamentos, reforçando a estratégia de manter Baúna competitivo no médio e longo prazo.
FPSO Cidade de Itajaí
Construído em 1995 no estaleiro Jurong, em Cingapura, e convertido em 2012, o FPSO Cidade de Itajaí entrou em operação no Brasil em fevereiro de 2013. A unidade é capaz de produzir até 80 mil barris de petróleo por dia e comprimir 2 milhões de m³ de gás natural/dia, operando em lâmina d’água de até 1.000 metros.
Atualmente, o projeto Baúna engloba os campos de Baúna, Piracaba e Patola, considerados estratégicos para os planos da Karoon no país.
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