A Petrobras deu um passo decisivo rumo a uma nova fronteira energética: a Margem Equatorial. No último dia 24 de agosto de 2025, a estatal iniciou a Avaliação Pré-Operacional (APO) do campo FZA-M59, etapa final antes da liberação do licenciamento ambiental pelo IBAMA. Essa operação pode redefinir o futuro da companhia e do mercado de petróleo no Brasil.
O que é a Margem Equatorial?
Localizada no litoral Norte do Brasil, entre o Rio Grande do Norte e o Amapá, a região possui mais de 2 mil km de extensão e é considerada uma das áreas mais promissoras do mundo para novas descobertas de petróleo. Estimativas indicam que a Margem Equatorial pode conter entre 10 e 30 bilhões de barris, um volume comparável ao do pré-sal.
O potencial é tão significativo que países vizinhos como Guiana e Suriname já transformaram suas economias após descobertas na mesma bacia geológica, acumulando reservas de 11 bilhões e 4 bilhões de barris, respectivamente.
Urgência da Petrobras
Atualmente, a produção do pré-sal está em alta, mas projeções apontam que, na década de 2030, a produção pode começar a cair. Caso não haja novas reservas, o Brasil corre o risco de voltar a importar petróleo. A Margem Equatorial surge, portanto, como uma necessidade estratégica para manter a autossuficiência energética do país.
Investimentos e geração de empregos
Os números impressionam: a Petrobras deve investir US$ 56 bilhões no desenvolvimento da Margem Equatorial. Estima-se que a exploração da região possa gerar até 300 mil empregos diretos e indiretos e um impacto de R$ 65 bilhões anuais no PIB brasileiro, com destaque para as regiões Norte e Nordeste.
Impacto nos concursos Petrobras
Com a expansão das operações, cresce também a necessidade de mão de obra qualificada. A estatal já reduziu seu quadro de funcionários de 60 mil para 42 mil nos últimos anos e precisa recompor sua força de trabalho.
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Para nível médio/técnico, já há cadastros de reserva em vigor, com previsão de convocação de 1.780 aprovados ainda em 2025.
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Para nível superior, a expectativa é ainda maior: com o cadastro já esgotado, um novo concurso deve ser lançado em breve.
Essa expansão repete o cenário vivido durante o boom do pré-sal, quando a Petrobras contratou mais de 13 mil profissionais entre 2006 e 2013, consolidando-se como uma das maiores empregadoras do país.
Estrutura da APO
A atual Avaliação Pré-Operacional mobilizou 400 profissionais, seis embarcações, três aeronaves e a sonda NS42, cujo custo diário chega a US$ 600 mil. A operação, que deve durar até quatro dias, é um teste crucial: o IBAMA simula situações de emergência e avalia se a Petrobras está preparada para operar de forma segura.
Se aprovada, a perfuração exploratória na Margem Equatorial poderá começar ainda em 2025, abrindo oficialmente uma nova era de oportunidades para a estatal e para milhares de brasileiros que sonham em ingressar na empresa por meio de concurso público.
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