CPMI do INSS ouve advogado que fez as primeiras denúncias da fraude

O advogado Eli Cohen, que conduziu investigação particular e ajudou a revelar o esquema de descontos ilegais a aposentadorias e pensões de segurados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) será ouvido nesta segunda-feira, 1º, na CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que apura descontos irregulares nos benefícios.O convite ao advogado Eli Cohen atende pedidos do deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL) e dos senadores Fabiano Contarato (PT-ES) e Rogerio Marinho (PL-RN).“O advogado Eli Cohen teve papel fundamental para desvendar o esquema criminoso envolvendo fraudes em descontos contra aposentados e pensionistas do INSS”, alegou o relator Alfredo Gaspar em requerimento à CPMI.

Leia Também:

Governo comemora vitória após revés na CPMI do INSS

Governo vê maioria em CPMI do INSS e mira ex-ministro de Bolsonaro

Lula e ex-presidentes podem ser convocados para depor em CPMI do INSS

Conforme os requerimentos, Cohen atuou em processos ligados à apuração de fraudes envolvendo entidades associativas que realizaram descontos indevidos em aposentadorias e pensões de beneficiários do INSS.Instalada neste mês de agosto, a CPMI tem 180 dias para apurar os casos de descontos indevidos e já aprovou o plano de trabalho para ouvir gestores da Previdência Social que estiveram no cargo entre 2015 e 2025.ConcorrênciaA CPMI que investiga as fraudes no INSS enfrentará o desafio de manter a relevância ao final deste segundo semestre diante da “concorrência” de pautas, como o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que terá a fase final iniciada na próxima terça-feira, 2.O próprio presidente do colegiado, senador Carlos Viana (Podemos-MG), admite que o julgamento ganhará holofotes. “O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro naturalmente ocupará as manchetes e é um fato importante que o Brasil vai acompanhar, até por aqueles que defendem, e por aqueles que querem a condenação”, disse ao Metrópoles.Ele afirma, no entanto, que trabalhará para que isso não atrapalhe o andamento dos trabalhos da CPMI. “Nós estamos muito seguros e convictos do nosso propósito e da nossa meta, que é analisarmos passo a passo as provas, os depoimentos, e, naturalmente, convocarmos aqueles que estão envolvidos no maior assalto à Previdência brasileira”, falou.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.