JURO11 mantém rendimento firme em R$ 1 por cota e reforça proteção contra juros altos

O fundo de infraestrutura JURO11 , gerido pela Esparta, mantém a distribuição estável de R$ 1 por cota em março de 2025, sustentado por uma reserva robusta de R$ 0,66. Mesmo em meio ao cenário desafiador de juros elevados, o fundo segue mostrando resiliência, sendo considerado um dos destaques do segmento para investidores que buscam renda passiva com segurança.

Reservas sólidas garantem estabilidade

Após enfrentar uma queda no valor da cota patrimonial no início do ano, reflexo de ajustes na marcação a mercado — e não por inadimplência —, o JURO11 recuperou parte desse valor e manteve sua política de distribuição. A atual reserva acumulada de R$ 0,66 por cota serve como colchão para garantir o pagamento de R$ 1 por cota nos próximos meses, minimizando riscos para os cotistas.

Importância das reservas

Essa reserva proporciona tranquilidade em tempos de oscilação, evitando cortes abruptos na distribuição, desde que não ocorram novos eventos atípicos como os vistos no final de 2024. A própria gestora sinaliza que, com a reserva atual, é possível manter o rendimento até o final do semestre, mesmo diante de eventuais pressões no mercado.

Cota de mercado reage e atrai investidores

A valorização recente da cota de mercado para R$ 96 — após ter sido negociada em patamares abaixo de R$ 90 — reflete a confiança dos investidores na estratégia do fundo. Apesar dessa alta, o valor ainda está abaixo do patrimônio líquido de R$ 100 por cota, o que, para muitos, representa uma oportunidade de compra com desconto em relação ao valor contábil.

Essa dinâmica reforça o apelo do JURO11 para quem busca uma exposição diversificada em debêntures incentivadas, com a vantagem da isenção de imposto de renda sobre os rendimentos.

Estratégia de proteção contra juros

A Esparta mantém uma estratégia ativa para proteger o patrimônio do fundo frente ao cenário volátil de juros. O Juro11 aplica uma política de “R parcial”, uma proteção que visa amortecer o impacto de oscilações acentuadas nas taxas de juros sobre os ativos de crédito. Essa proteção gerou um resultado positivo de 0,3% no período, demonstrando a eficácia do mecanismo.

A duração média da carteira é de 4,7 anos, com o spread médio em torno de 1,1% ao mês, refletindo a solidez das alocações.

Composição da carteira

  • 93% alocados em debêntures incentivadas, com destaque para os setores de geração de energia e saneamento básico — segmentos resilientes e estratégicos para a economia brasileira.
  • Principais instituições envolvidas: BTG Pactual, CCRED e outros players relevantes no mercado de crédito privado.

Essa diversificação permite que o fundo dilua os riscos de inadimplência, algo essencial para manter a atratividade de longo prazo.

Tributação favorecida e possível vantagem competitiva

Outro ponto relevante é o impacto da PL 1087/2024, em tramitação, que trata da tributação de rendimentos superiores a R$ 50 mil mensais, mas exclui ativos isentos como debêntures incentivadas. Caso aprovada, a proposta poderá tornar o JURO11 ainda mais atraente frente a outros investimentos tributáveis, ampliando o potencial de retorno líquido para o investidor.

Para quem busca estabilidade de rendimentos e proteção contra oscilações de juros, o JURO11 continua sendo uma opção sólida dentro do segmento de infraestrutura. A combinação entre diversificação da carteira, reservas robustas e estratégias de hedge posiciona o fundo entre os mais consistentes da categoria.

Por outro lado, a precificação de mercado ainda inferior ao valor patrimonial sugere um potencial de valorização, especialmente em um cenário futuro de queda nas taxas de juros — quando os fundos de infraestrutura tendem a se destacar.

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