A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu, nesta quarta-feira (23), um homem condenado por estupro de vulnerável contra sua enteada. A prisão ocorreu no bairro Tupi, na Região Norte de Belo Horizonte, cerca de seis anos após o início das investigações sobre os crimes, que aconteceram no bairro Sagrada Família, na Região Leste da capital mineira.
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O condenado, que tinha 23 anos na época do início dos abusos, recebeu uma sentença de 13 anos e 4 meses de prisão. A vítima era sua enteada, que tinha apenas 7 anos quando os crimes começaram.
Segundo a Polícia Civil, a investigação teve início em 2019, quando a mãe da criança procurou a delegacia para denunciar o então companheiro. A mulher havia se separado do suspeito e foi somente após o término do relacionamento que a menina se sentiu segura para contar sobre os abusos que sofria.
A apuração policial identificou que os estupros teriam ocorrido repetidamente ao longo de aproximadamente quatro anos. Na época, a vítima não soube precisar quantas vezes foi abusada. “Como na maioria dos abusos com crianças e adolescentes, os abusos aconteciam às escondidas, quando a mãe da criança saía”, detalhou a delegada Thais Degani.
A prisão do condenado marca a primeira fase da “Operação Arcanjo”. A ação faz parte de uma mobilização da Polícia Civil mineira para intensificar o combate a crimes contra crianças e adolescentes, em alusão ao “Maio Laranja”, mês dedicado à campanha nacional de conscientização sobre o combate ao abuso e à exploração sexual infantojuvenil. A instituição planeja novas fases da operação e ações educativas, inclusive em escolas, como parte da campanha.
“A gente tem relato que a partir dessas palestras e ações de conscientização das crianças e adolescentes nas escolas, crianças e adolescentes procuram as delegacias para relatar fatos que ocorreram. Por isso é tão importante ter essa atuação para além da repressão policial. Muitas vezes, a criança não sabe identificar que está sendo vítima porque, normalmente, [o autor] é uma pessoa da sua confiança e que vive com ela”, comentou a delegada Danúbia Quadros.
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