O AFHI11, fundo imobiliário de recebíveis, tem ganhado destaque entre os investidores por sua combinação de distribuição consistente, postura ética em emissões e uma gestão que prioriza os cotistas. Em fevereiro, o fundo distribuiu R$ 0,98 por cota, mantendo o compromisso de repassar pelo menos 95% dos lucros semestrais, conforme exigido pela legislação. Mas há muito mais por trás do sucesso desse FII.
Gestão que inspira confiança: sem custos ao cotista e sem emissão abaixo do VP
Um dos pilares que sustentam a boa reputação do AFHI11 é a postura da gestora em relação às emissões de cotas. O fundo já realizou cinco ofertas públicas com custo zero para os cotistas, o que significa que todas as despesas da operação foram absorvidas pela própria gestora. Esse tipo de conduta evidencia o que muitos chamam de alinhamento real de interesses.
Além disso, o fundo assumiu publicamente o compromisso de não realizar emissões abaixo do valor patrimonial (VP) — uma prática controversa que, quando mal justificada, pode diluir o patrimônio do investidor. No caso dos fundos de papel, o valor patrimonial reflete com precisão os ativos que compõem o portfólio, justificando a importância dessa métrica como referência.
Diversificação e risco balanceado: um fundo “middle risk” bem estruturado
Atualmente, o patrimônio do AFHI11 gira em torno de R$ 420 milhões, com um portfólio de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) diversificado entre títulos high grade (57,8%) e high yield (42,1%). Isso classifica o fundo como uma opção de risco intermediário (middle risk), oferecendo equilíbrio entre segurança e rentabilidade.
Essa estratégia permite ao fundo entregar retornos atrativos, mesmo em um cenário de juros elevados. No mês de fevereiro, por exemplo, o AFHI11 adquiriu R$ 2,14 milhões em CRI Brasil no mercado secundário, com uma taxa de IPCA + 9% ao ano — acima das taxas encontradas em diversos títulos do Tesouro Direto.
Rentabilidade e isenção de IR: uma combinação atrativa para quem busca renda passiva
Ao considerar a relação Preço/Valor Patrimonial (P/VP) atual de 0,99, o AFHI11 está sendo negociado com leve desconto — o que representa uma oportunidade interessante para novos aportes, especialmente quando se avalia a rentabilidade proporcional ao valor investido.
Hoje, quem compra cotas do AFHI11 ao valor patrimonial está recebendo, na prática, um retorno equivalente a:
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CDI + 4,4%
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ou IPCA + 10,3%
E vale destacar: toda a distribuição é isenta de imposto de renda para pessoa física, o que torna o fundo ainda mais competitivo frente a alternativas tradicionais de renda fixa.
Estabilidade em tempos turbulentos: comportamento resiliente em momentos de queda
Um fator que chama atenção é o comportamento do AFHI11 durante os períodos de maior volatilidade no mercado. Segundo especialistas, o fundo tem apresentado quedas suaves quando o mercado recua, o que reflete a confiança dos cotistas na gestão. Diferentemente de fundos mais instáveis, o AFHI11 atrai investidores com foco de longo prazo, menos propensos a vendas impulsivas.
Essa resiliência é reforçada pela forma transparente e estratégica com que o fundo é conduzido, o que fortalece a base de cotistas fiéis e reduz a volatilidade de sua cotação no mercado secundário.
Comparação com outros fundos: emissão e P/VP na mira do investidor consciente
Enquanto fundos de tijolo muitas vezes enfrentam polêmicas em torno de emissões abaixo do VP — nem sempre justificadas —, fundos de papel como o AFHI11 conseguem manter uma referência mais objetiva. Isso porque os ativos (CRIs) têm precificação mais clara e menos sujeita a subjetividade do mercado, diferentemente de imóveis físicos avaliados por laudos.
Essa clareza contribui para uma melhor tomada de decisão por parte dos investidores, que podem confiar mais na métrica do VP para avaliar o momento certo de entrada ou saída.
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