BBAS3 em alta: Dois dividendos, preço abaixo do teto e oportunidade de aporte inteligente

A ação do Banco do Brasil (BBAS3) voltou ao radar dos investidores em maio com uma combinação rara de fatores: dois anúncios de dividendos no mesmo mês, expectativa de novo resultado trimestral e cotação ainda abaixo do preço teto recomendado por analistas. Tudo isso levanta a pergunta: vale fazer um aporte agora?

Enquanto o mercado reage às movimentações dos juros, ao comportamento do dólar e à busca por ativos de risco, BBAS3 mostra força com uma alta de aproximadamente 10% desde o final de abril — mas sem romper seu valor de segurança.

Por que o momento chama atenção?

Preço abaixo do teto

Mesmo após a valorização recente, BBAS3 ainda está negociada com cerca de 15% de margem em relação ao seu preço teto. Isso significa que, do ponto de vista fundamentalista, a ação continua atrativa para novos aportes, especialmente para quem segue uma estratégia previdenciária de longo prazo.

Dois dividendos no mesmo mês

Em maio, o Banco do Brasil confirmou dois anúncios de proventos:

  • 15 de maio: pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) referentes ao trimestre.

  • 21 de maio: antecipação de dividendos relativos ao trimestre.

Ambos têm data de pagamento marcada para junho e data ex-dividendo em 3 de junho, o que abre uma janela interessante para quem comprar a ação até o final de maio e quiser receber os proventos.

Expectativa para o resultado do 1T25

O Banco do Brasil divulga seu resultado trimestral no dia 15 de maio, após o fechamento do mercado. A projeção é de um lucro menor em relação aos trimestres anteriores, com estimativas em torno de R$ 8 a R$ 9 bilhões — abaixo do desempenho de 2024.

Segundo analistas, essa queda deve interromper uma sequência de crescimento de lucros e está relacionada a fatores como:

  • Alta da inadimplência no setor do agronegócio;

  • Crescimento mais tímido na carteira de crédito;

  • Redução no ROE, que deve sair da faixa dos 20% para níveis ainda saudáveis, porém inferiores.

Apesar disso, muitos analistas consideram que esse desempenho está precificado pelo mercado, o que reduz o risco de uma forte correção na cotação.

Vale a pena esperar ou aportar agora?

Com a data ex-dividendo ainda distante (03/06), o investidor tem cerca de 20 dias úteis para decidir seu posicionamento. Ou seja, ainda tempo para observar os desdobramentos do resultado trimestral e eventuais ajustes no preço da ação.

No entanto, o contexto atual pode favorecer o aporte antecipado:

  • Alta do Ibovespa, que atingiu máxima histórica, sugere apetite por risco;

  • Queda do ouro e do dólar, indicando fluxo de capital estrangeiro para a Bolsa;

  • Banco do Brasil como blue chip atrativa, especialmente para grandes fundos que buscam empresas sólidas e com bom payout.

Estratégia de longo prazo e dividendos consistentes

O Banco do Brasil segue com uma política clara de distribuição de dividendos — apenas oito anúncios por ano, dos quais dois acontecem em maio. Para investidores que buscam geração de renda passiva, essa previsibilidade é um diferencial importante.

Além disso, BBAS3 é uma das ações mais presentes em carteiras previdenciárias justamente por aliar:

  • Rentabilidade por dividendo elevada;

  • Gestão eficiente e estatal lucrativa;

  • Baixa volatilidade de fundamento, mesmo em momentos de pressão de mercado.

Oportunidade pode aumentar com eventual correção

Caso o resultado trimestral frustre parte das expectativas, é possível que o papel sofra uma correção pontual. Isso, no entanto, pode ampliar ainda mais a margem de segurança e abrir espaço para novos aportes estratégicos — sem alterar os fundamentos da companhia.

O investidor que está posicionado pode reforçar a posição aproveitando essa eventual queda. Quem ainda não entrou, pode considerar dividir o aporte entre agora e o pós-resultado, equilibrando risco e oportunidade.

 Aporte inteligente com base no fundamento

O cenário atual para BBAS3 mostra que ainda existe margem para investir com segurança, mesmo após a recente valorização. Com dois dividendos próximos, resultado iminente e cotação abaixo do teto, o aporte em maio se encaixa bem em estratégias de longo prazo.

Mais do que tentar prever o movimento do mercado, o investidor previdenciário deve focar no fundamento: empresa sólida, lucrativa e que paga bons dividendos de forma consistente. Esse é o verdadeiro pilar de um “aporte inteligente”.

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