Menos é mais: Como escolher o melhor cartão de crédito usando a regra dos 90%

Na era das opções infinitas, ter critério é um superpoder. E isso vale, especialmente, quando o assunto é finanças pessoais. Em vez de acumular dezenas de cartões de crédito em busca de vantagens ilusórias, um novo método propõe um caminho mais simples, eficaz e saudável para o bolso e a mente: a Regra dos 90%, inspirada no livro Essencialismo, de Greg McKeown.

Por que a escolha do cartão de crédito deve ser estratégica?

Muitos consumidores iniciam sua jornada buscando o “melhor banco” ou o “cartão ideal”, geralmente influenciados por promessas de cashback, programas de pontos ou acesso à sala VIP. No entanto, o excesso de opções pode gerar confusão, estresse e, em muitos casos, endividamento.

Ter múltiplos cartões pode até parecer vantajoso no curto prazo, mas no longo prazo se torna insustentável. A falta de controle, o esquecimento de faturas, as anuidades escondidas e os juros altos formam uma armadilha financeira que afeta a saúde emocional e o planejamento pessoal.

A regra dos 90%: como funciona?

A ideia é simples e poderosa. Para cada decisão — neste caso, a escolha de um cartão de crédito — você deve atribuir uma nota de 0 a 100 com base em critérios objetivos. Se a opção analisada não alcançar pelo menos 90 pontos, ela é automaticamente eliminada.

Esse modelo evita indecisões prolongadas, elimina o risco de cair na “zona morna” das notas medianas (60, 70) e te obriga a focar apenas no que realmente vale a pena.

Aplicando a regra ao seu cartão de crédito

O método foi adaptado para o mundo dos cartões e consiste em seis critérios práticos:

1. Banco emissor

Avalie se o cartão pertence a um banco confiável, com bom atendimento e compatível com seu perfil de uso diário.

2. Acúmulo de pontos

Considere se o cartão oferece um programa de fidelidade com pontuação interessante e utilizável.

3. Custo total

Verifique se o cartão tem anuidade gratuita ou condições para isenção, além de avaliar taxas de juros e encargos.

4. Acesso à sala VIP

Cartões com acesso a salas VIP em aeroportos oferecem uma experiência de valor agregado para quem viaja com frequência.

5. Benefícios adicionais

Seguro viagem, concierge, ofertas exclusivas, proteção de compra e outros extras fazem diferença.

6. Programa de pontos relevante

O cartão deve estar integrado a um ecossistema que ofereça vantagens reais — como troca por passagens, produtos ou cashback.

Se o cartão analisado falhar em dois ou mais critérios, sua nota tende a cair abaixo dos 90%, sendo descartado segundo a metodologia.

Exemplo prático: Cartão Itaú Uniclass Visa Infinite

  • Banco: Itaú 

  • Pontuação: 2 pontos no programa Minhas Vantagens 

  • Custo: isento de anuidade 

  • Sala VIP

  • Benefícios Extras

  • Programa de Pontos: limitado 

Resultado: não atinge os 90%. Embora tenha pontos fortes, o cartão perde nota em dois critérios-chave. Para perfis exigentes ou focados em milhas, pode não valer a pena. Para outros usuários, ainda pode ser funcional — desde que os critérios sejam bem avaliados.

Menos é mais: o impacto do essencialismo na vida financeira

Ao adotar uma abordagem minimalista, com critérios claros e objetivos, você reduz a complexidade da sua vida financeira. Ter um ou dois cartões bem escolhidos é melhor do que dez que não oferecem retorno real.

Além disso, esse foco melhora sua gestão de finanças, reduz o risco de endividamento e facilita o controle de gastos, proporcionando mais tempo, tranquilidade e qualidade de vida.

Como adaptar os critérios à sua realidade

A metodologia permite flexibilidade. Por exemplo, o limite de crédito pode ser um fator decisivo para quem está começando. quem tem um bom histórico pode desconsiderar esse ponto. O importante é criar seus próprios filtros objetivos e respeitá-los com consistência.

A escolha certa começa com critérios claros

Escolher o melhor cartão de crédito exige mais do que seguir modismos ou colecionar plástico na carteira. A Regra dos 90%, quando aplicada com responsabilidade, te ajuda a tomar decisões mais conscientes, alinhadas com seus objetivos financeiros e estilo de vida.

Seja essencialista: tenha menos, mas com mais qualidade. Seu bolso — e sua sanidade — agradecem.

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