Trump recua e isenta eletrônicos da China de tarifa de 145% nos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou atrás e decidiu isentar de tarifas os eletrônicos importados da China, como celulares, computadores e outros componentes tecnológicos. A decisão, anunciada na noite de sexta-feira (11), ocorre em meio à forte pressão de consumidores e empresas, especialmente após a Apple perder cerca de US$ 700 bilhões em valor de mercado com a possível taxação.

A medida anterior previa uma tarifa de 145% sobre uma série de produtos eletrônicos importados da China, o que praticamente dobraria o preço desses itens para os consumidores americanos. Com a nova decisão, os produtos já desembarcados nos EUA, também serão beneficiados pela isenção, conforme informado pelo órgão alfandegário US Customs and Border Protection.

Medo da inflação impulsionou recuo

A possibilidade de taxação gerou uma corrida às lojas e antecipação de compras por parte dos consumidores, temendo o aumento repentino nos preços. Relatos indicam, inclusive, que aeronaves saíram da Índia com lotes de iPhones antes da vigência da tarifa. Apesar disso, ficou claro que transferir toda a cadeia produtiva para os EUA teria um custo proibitivo: fabricar um iPhone em território americano poderia elevar seu preço para até US$ 3 mil.

Além do impacto direto nas empresas, a medida também preocupava o consumidor comum, já que a China é responsável por cerca de 70% a 80% dos produtos vendidos em lojas americanas de brinquedos a roupas. O risco de uma inflação generalizada de bens importados pressionou o governo a voltar atrás.

Segunda desistência em uma semana

Este é o segundo recuo do governo Trump em menos de sete dias em relação à política comercial com a China. Anteriormente, o presidente já havia suavizado uma tarifa que seria aplicada a outros produtos importados. A nova decisão reforça o desafio de manter uma postura protecionista sem afetar diretamente o bolso da população americana e o desempenho das gigantes de tecnologia.

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