Israel ataca o Irã e petróleo dispara: tensão no Oriente Médio assusta mercados globais

O Oriente Médio voltou ao centro das atenções globais após um ataque aéreo conduzido por Israel contra alvos estratégicos no Irã durante a madrugada. Segundo autoridades israelenses, o objetivo é neutralizar ameaças nucleares, marcando o início de uma ofensiva que promete durar dias. A resposta iraniana já foi anunciada como iminente, elevando significativamente o nível de tensão na região e o risco de um conflito mais amplo.

O impacto imediato foi sentido nos mercados internacionais. O petróleo Brent, que já acumulava alta nos últimos dias, disparou quase 12% com o início do ataque, sendo negociado com valorização acima de 6% nas primeiras horas após a ofensiva. A possibilidade de o Irã retaliar fechando o Estreito de Ormuz — por onde passa cerca de 30% do petróleo mundial — é uma das principais ameaças no radar dos investidores.

Reação global: bolsas caem, ativos de proteção sobem

As bolsas asiáticas e europeias abriram em queda, refletindo o aumento do risco geopolítico. O movimento, no entanto, foi parcialmente contido pela forte valorização das ações de empresas petrolíferas, que tendem a lucrar com a alta do petróleo.

O ouro, tradicional ativo de proteção, subiu 1,1% no mesmo período, enquanto o Bitcoin, que vinha se firmando como reserva de valor alternativa, reagiu com queda inicial de 1,3%, comportamento comum em momentos de forte aversão ao risco.

Potencial de escalada e risco para o Ocidente

O governo israelense já admite a possibilidade de um contra-ataque imediato por parte do Irã, possivelmente envolvendo mísseis de longo alcance. A morte do comandante Hossein Salami, uma das figuras mais importantes da Guarda Revolucionária iraniana, durante os ataques, é vista como uma provocação direta de alto nível.

Apesar dos Estados Unidos negarem envolvimento direto na ofensiva, o Irã ameaça retaliar também contra o governo norte-americano, o que pode forçar Washington a intervir. A China, por sua vez, tem se mostrado historicamente próxima ao Irã, embora mantenha relações comerciais com Israel. Qualquer reposicionamento estratégico dessas potências pode elevar o risco de um conflito de proporções globais.

Capacidade bélica e risco nuclear

Enquanto Israel possui superioridade tecnológica, com defesa aérea avançada e aviões de última geração como o F-35, o Irã compensa com volume: estima-se que o país tenha capacidade de lançar até 13 vezes mais mísseis do que Israel. Ambos detêm armamentos com alcance superior a 2.000 km, muitos deles com capacidade nuclear.

Caso os ataques israelenses não destruam completamente as instalações nucleares iranianas, analistas temem que o Irã acelere seu programa nuclear como forma de dissuasão e retaliação.

Impacto nos investimentos e oportunidades

Para os investidores, o conflito traz uma combinação explosiva de incerteza e oportunidades. As empresas do setor de petróleo tendem a se beneficiar da escalada nos preços da commodity, o que pode elevar lucros e dividendos, além de impulsionar a valorização de suas ações.

O dólar também tende a se valorizar, como ativo de segurança global, e plataformas de investimento que oferecem exposição à moeda norte-americana ou ao petróleo podem se destacar nesse cenário de tensão.

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