Amazon reage à guerra comercial: cancela pedidos na China após nova rodada de tarifas de Trump

Em resposta direta à escalada da guerra comercial entre Estados Unidos e China, a Amazon começou a cancelar pedidos de inventário vindos da Ásia. A decisão foi tomada logo após o ex-presidente Donald Trump anunciar, no último dia 2 de abril, a intenção de aplicar tarifas comerciais sobre produtos de mais de 180 países e territórios — com foco principal em China, Vietnã e Tailândia.

Segundo a agência Bloomberg, o movimento da Amazon inclui o cancelamento de pedidos de produtos como cadeiras de praia, scooters, aparelhos de ar-condicionado, entre outros itens de diversos fornecedores asiáticos.

O que está por trás dos cancelamentos da Amazon?

A gigante do e-commerce norte-americana justificou a medida como uma reação ao risco geopolítico e às disputas comerciais globais. A empresa citou formalmente essas tensões como fatores de risco em seu relatório anual, sinalizando uma possível reconfiguração de sua cadeia de suprimentos para minimizar exposição a tarifas.

Fontes indicam que os pedidos foram cancelados sem aviso prévio, o que gerou surpresa e preocupação entre os fornecedores chineses. A percepção do mercado é de que a Amazon está buscando se antecipar aos impactos econômicos e logísticos dos novos impostos sobre importação.

Como os aranceles de Trump impactam o comércio global

Desde o início de sua campanha, Donald Trump tem reiterado sua posição de endurecer a política comercial dos EUA com países considerados “inimigos econômicos”. A proposta anunciada em abril representa uma nova onda de tarifas que, se implementadas, afetarão diretamente a importação de milhares de itens.

A medida deve encarecer produtos asiáticos no mercado americano, pressionando os preços ao consumidor e elevando custos para empresas como Amazon, Walmart e outras gigantes do varejo.

Produtos afetados pelas tarifas incluem:

  • Equipamentos eletrônicos

  • Móveis

  • Utensílios domésticos

  • Têxteis

  • Equipamentos de transporte pessoal

Com isso, empresas americanas que dependem fortemente de fornecedores asiáticos começam a reavaliar suas estratégias logísticas e operacionais. A Amazon, ao cancelar pedidos antes mesmo da efetivação das tarifas, parece estar se posicionando para reduzir perdas e buscar novos canais de fornecimento, possivelmente em países não afetados pelos impostos.

Efeitos colaterais: Europa em alerta

Enquanto os Estados Unidos aumentam a tensão com a Ásia, a Europa observa com preocupação o redesenho geopolítico global. Informações recentes apontam que o governo americano está considerando retirar cerca de 100 mil tropas posicionadas no Leste Europeu. A decisão pode impactar diretamente a estabilidade militar e comercial da região.

A possível saída das tropas ocorre em um momento em que a Europa enfrenta desafios tanto na política de defesa quanto no comércio exterior. A falta de consenso entre os países da União Europeia sobre aumento dos gastos militares apenas agrava a sensação de fragilidade frente às mudanças de postura dos EUA.

O mercado reage: ações da Amazon sobem

Apesar da tensão, a movimentação da Amazon agradou o mercado financeiro. As ações da empresa subiram cerca de 1,5% após a divulgação da notícia. Investidores interpretaram a decisão como um passo estratégico para mitigar riscos em um cenário incerto.

Com o histórico de rápida adaptação e inovação logística, a Amazon pode sair fortalecida caso consiga redesenhar sua cadeia de suprimentos com fornecedores alternativos em regiões mais estáveis — como América Latina e alguns países da Europa Oriental.

O que esperar daqui pra frente?

A decisão da Amazon pode servir de termômetro para outras empresas multinacionais, especialmente aquelas com forte dependência da produção asiática. A guerra comercial parece ter voltado ao centro do palco, e seus desdobramentos devem influenciar políticas industriais, estratégias de diversificação de fornecedores e acordos bilaterais ao longo de 2025.

Para consumidores, o reflexo pode vir em forma de preços mais altos e menor disponibilidade de alguns produtos. Já para investidores, é momento de atenção redobrada com ativos expostos a cadeias globais de valor.


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