O fundo imobiliário Maxi Renda (MXRF11) aprovou no dia 1º de julho de 2025 a 11ª emissão de cotas, com o objetivo de captar até R$ 1 bilhão em até 12 meses. A proposta foi submetida a votação por meio de consulta formal iniciada em 28 de maio e contou com a aprovação de 74,9% dos cotistas participantes.
A nova emissão permitirá ao fundo reforçar seu caixa para aquisição de novos ativos e otimizar a carteira de investimentos, estratégia comum entre os fundos de papel (lastreados em CRIs) durante períodos de recuperação de mercado.
Detalhes da aprovação e perfil da oferta
A consulta formal realizada junto aos cotistas teve a seguinte composição:
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74,9% aprovaram a emissão;
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12% votaram contra;
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12% se abstiveram.
A emissão será primária, ou seja, os recursos captados irão diretamente para o caixa do fundo, possibilitando novos investimentos. Ainda não foram divulgados o preço por cota, o fator de proporção para subscrição nem as taxas associadas, o que impede, por ora, uma análise definitiva sobre a atratividade da oferta.
Como funciona a subscrição de cotas no MXRF11
A subscrição é o direito que o cotista tem de adquirir novas cotas emitidas pelo fundo, proporcionalmente à sua posição atual. Por exemplo, se o fator de subscrição for 10% e o investidor possui 100 cotas, ele terá o direito de adquirir 10 novas cotas na emissão.
Se o preço da nova cota for inferior ao valor de mercado, pode representar uma oportunidade de aquisição com desconto. No entanto, é fundamental considerar também as taxas de distribuição, que impactam o custo final. Em emissões anteriores no mercado, essas taxas variaram de R$ 0,20 a R$ 0,40 por cota.
Cotistas também têm a opção de vender seus direitos de subscrição no mercado, prática comum entre investidores que não desejam ou não podem participar da nova emissão, especialmente em fundos com elevado número de cotistas.
Ponto de atenção: relação entre preço de emissão e valor de mercado
Para avaliar a viabilidade de participar da nova emissão, os investidores devem comparar:
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Preço de emissão + taxa de distribuição
vs. -
Preço da cota no mercado secundário
Se o valor final da subscrição for menor que o preço de mercado, participar pode ser vantajoso. Caso contrário, é melhor adquirir as cotas diretamente no mercado.
Em 1º de julho, a cota do MXRF11 estava sendo negociada a R$ 9,41. Se a nova emissão for precificada abaixo desse valor, poderá representar uma oportunidade para os cotistas aumentarem sua posição com desconto.
Contexto de mercado favorece novas emissões
O fundo MXRF11, um dos mais negociados da B3, tem se beneficiado da melhoria no apetite por fundos imobiliários, especialmente com a expectativa de estabilização da taxa Selic e valorização gradual dos ativos. O índice de fundos imobiliários (IFIX) acumula leve alta em 2025, e o P/VP (Preço/Valor Patrimonial) de diversos FIIs tem se aproximado de 1, incentivando emissões a valor justo ou acima do patrimonial.
Historicamente, fundos evitam emitir cotas abaixo do valor patrimonial, pois isso gera diluição patrimonial dos cotistas e críticas à gestão. A expectativa é que o preço da 11ª emissão do MXRF11 respeite esse limite, o que manteria o alinhamento com os interesses dos investidores.
Próximos passos e acompanhamento
O fundo ainda divulgará os termos definitivos da oferta, incluindo:
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Data de início da subscrição;
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Preço da cota;
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Fator de proporção;
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Valor mínimo de investimento;
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Período de negociação de direitos.
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