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“Nenhuma decisão foi tomada a respeito até o momento”, declarou à AFP uma fonte do governo israelense.Segundo a imprensa local, o gabinete de segurança israelense deverá se reunir na noite de sábado para examinar a questão.O movimento islâmico palestino Hamas anunciou na sexta-feira que estava pronto para “começar imediatamente” as negociações sobre a última proposta de trégua promovida pelos Estados Unidos, com mediação do Catar e do Egito.Segundo duas fontes palestinas próximas às negociações, a proposta dos Estados Unidos “compreende uma trégua de 60 dias” durante a qual o Hamas libertaria 10 reféns israelenses ainda vivos, assim como vários corpos, em troca da libertação de prisioneiros palestinos detidos em Israel.Das 251 pessoas sequestradas em 7 de outubro de 2023 durante o ataque do movimento palestino em Israel, que desencadeou a guerra, 49 permaneceram em cativeiro em Gaza, mas 27 delas foram declaradas mortas pelo Exército israelense.De acordo com as duas fontes palestinas, o Hamas exige mudanças no mecanismo de retirada das tropas israelenses da Faixa de Gaza, garantias de que os combates não serão retomados durante as negociações e que a ONU e as organizações internacionais reconhecidas voltem a distribuir a ajuda humanitária.O presidente americano, Donald Trump, que receberá na segunda-feira em Washington o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que poderá haver um acordo “na próxima semana”.O chanceler egípcio, Badr Abdelatty, conversou por telefone com o enviado americano para o Oriente Médio, Steve Witkoff, sobre os “preparativos para celebrar reuniões indiretas entre as duas partes”.“Esperamos que uma trégua aconteça”, declarou à AFP Karima Al Ras, moradora de Gaza. “As passagens de fronteira serão abertas e a farinha poderá chegar. As pessoas esperam desesperadamente por farinha e morrem quando vão buscar comida para seus filhos”, acrescentou.Dois voluntários americanos feridosAntes de sua manifestação semanal em Tel Aviv, o Fórum das Famílias de Reféns fez com que as autoridades israelenses indicassem um “acordo global” que permitisse a liberação de todos os sequestrados. “Chegou o momento de terminar a missão”, afirmou a principal associação de parentes de reféns.O Exército israelense ampliou recentemente as operações na Faixa de Gaza, que enfrentou uma situação humanitária crítica quase 21 meses após o início das hostilidades.Segundo Mahmud Bassal, porta-voz da Defesa Civil de Gaza, 35 pessoas morreram neste sábado em várias operações israelenses.”A explosão foi aterrorizante, muitas tendas pegaram fogo. As mulheres e as crianças foram apavoradas”, declarou à AFP Mohammed Khafaja, que afirmou ter perdido o tio e vários primos em um bombardeio noturno em Khan Yunis.Procurado pela AFP, o Exército israelense afirmou que não teria condições de comentar nenhum ataque sem as coordenadas geográficas precisas.A Fundação Humanitária de Gaza (GHF), apoiada pelos Estados Unidos e Israel, anunciou que dois funcionários americanos ficaram feridos em um “atentado” contra um centro de distribuição de ajuda no sul do território palestino. A organização acrescentou que os dois estão em condição estável.“O ataque foi executado, segundo as primeiras informações, por dois agressores que lançaram duas granadas contra os americanos ao final de uma distribuição de ajuda que foi um sucesso”, afirmou a GHF.As restrições à imprensa em Gaza e as dificuldades de acesso a vários pontos impedem que a AFP consiga verificar de maneira independente as afirmações das partes envolvidas no conflito.O ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 matou 1.219 pessoas em Israel, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais israelenses.Mais de 57.300 palestinos morreram na intervenção israelense em Gaza, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do território governado pelo Hamas, números que a ONU considera confiáveis.