
Dispositivo de segurança diminui até 60% o risco de morte e ferimentos graves Criada em 1997, a Lei 9.503/1997, que integra o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), tornou o uso do cinto de segurança obrigatório para todos os ocupantes de veículos no Brasil. Estudos da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), divulgados em 2023, mostram que o uso do cinto diminui, até 60%, o risco de morte e ferimentos graves para passageiros nos bancos da frente e em até 44% para aqueles sentados nos bancos traseiros de um veículo envolvido em sinistro de trânsito.
Motorista: afivelar o cinto de segurança antes de dirigir salva vidas.
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Portanto, o cinto é um item fundamental para salvar e preservar vidas. É preciso que os usuários tomem consciência e tornem por hábito a utilização do cinto de segurança. Lembrando que o uso é obrigatório tanto para o motorista, quanto para os passageiros.
A medida pode salvar vidas ao evitar que, em caso de acidente, o motorista ou passageiro seja arremessado contra volante, painel, para-brisa, banco ou até mesmo para fora do veículo.
Legislação
De acordo com o artigo 167 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), o condutor ou passageiro que deixar de usar o cinto de segurança está cometendo uma infração grave, com multa no valor de R$ 195,23 e cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do motorista. Além disso, o veículo só é liberado quando o equipamento de segurança for colocado pelo infrator.
Lembrando que o motorista também é multado se um passageiro não estiver usando o cinto de segurança. De acordo com o CTB, o uso do cinto é obrigatório para todos os ocupantes do veículo. E para não receber uma multa, também é preciso que o item não seja colocado de forma irregular, como, por exemplo, com a parte diagonal do cinto de três pontos passada por baixo do braço ou por trás do condutor e passageiro.
Acidentes
Em dezembro de 2024, um jovem, de apenas 23 anos, morreu após o carro que conduzia chocar contra um caminhão. Ele não usava o cinto de segurança. O acidente ocorreu no Km 58 da BR-070, no Distrito de Edilândia, município de Cocalzinho de Goiás.
Um caso que abalou todo o país foi o acidente do cantor Cristiano Araújo e Allana Moraes. Ambos viajavam sem o uso do cinto de segurança traseiro e, segundo os socorristas, Allana foi lançada para fora do carro durante capotamento. O acidente completa 10 anos nesse mês de junho.
Utilizar o cinto de segurança no banco de trás protege, além dos caronas, o motorista e a pessoa que estão na frente do carro. O uso do cinto no banco da frente e, principalmente, no banco de trás pode evitar muitas mortes. Milhares de pessoas perdem suas vidas no trânsito e o uso dos itens de segurança pode reduzir esse número.
Cadeirinha
Tão importante quanto o cinto de segurança são os outros itens de segurança ao transportar crianças e animais. As regras para o transporte de crianças em veículos automotores estão definidas na Resolução 918/2021 do Contran e preveem três tipos de dispositivos de retenção, conforme a idade, o peso e a altura da criança.
Bebês de até 1 ano ou 13 kg devem ser transportados no bebê conforto. De 1 a 4 anos, o uso da cadeirinha é obrigatório. Crianças entre 4 anos e 7 anos e meio devem utilizar o assento de elevação. Já aquelas entre 7 anos e meio e 10 anos, com altura inferior a 1,45 metro, devem ser conduzidas no banco traseiro com o cinto de segurança. A partir dos 10 anos, e desde que tenham no mínimo 1,45 metro de altura, é permitido viajar no banco dianteiro, também com o cinto de segurança.
Animais
Transportar animais de estimação com segurança é uma responsabilidade também que todo tutor deve assumir. Eles sempre devem ser levados presos no carro, pois, em caso de acidente, podem ser arremessados para fora do veículo, sofrer impactos contra partes rígidas da cabine ou até mesmo ferir outros ocupantes.
O Detran-GO orienta os motoristas a seguirem algumas recomendações básicas para garantir a proteção dos bichinhos: nunca os transporte no banco da frente; caso utilize uma caixa de transporte no porta-malas, retire a tampa para garantir ventilação adequada; ao usar o cinto de segurança específico para pets, forre o local onde o animal ficará; e, principalmente, jamais o deixe dentro do carro estacionado sob sol ou calor intenso. Levar seu companheiro com cuidado é um gesto de amor e responsabilidade.