
Para avistar o satélite natural, não é preciso nenhum equipamento especial, somente condições climáticas favoráveis. Lua cheia vista em Tirana, na Albânia, em 12 de abril de 2025.
Florion Goga/ REUTERS
Nesta quinta-feira (11), espectadores de todo o Brasil poderão observar a chamada “Lua cheia do veado”, se as condições climáticas forem favoráveis, claro.
O fenômeno leva esse nome por marcar o período em que os veados machos do Hemisfério Norte, também chamados de bucks, começam a desenvolver seus novos chifres, uma referência vinda de tradições indígenas da América do Norte.
Seu ápice acontecerá perto das 17h30 (horário de Brasília), mas o melhor momento para ver a Lua será no início da noite, logo após o pôr do sol, quando ela começar a surgir no horizonte com seu tom alaranjado característico.
👀Para quem pretende observar, a dica é procurar um local com boa visibilidade do céu e pouca poluição luminosa, não é preciso usar telescópio, mas binóculos simples podem ajudar a ver detalhes como as manchas escuras da superfície do satélite natural.
Além do nome mais conhecido, essa Lua cheia também é chamada de “Lua do trovão”, em referência às tempestades comuns em julho no Hemisfério Norte.
Povos celtas e europeus antigos também chamavam esse período de “Lua das ervas”, pois essa costumava ser uma época ideal para colher plantas medicinais. Já os anglo-saxões a chamavam de “Lua do feno”, por ser o momento da colheita do pasto.
Outro detalhe interessante é que esta será a Lua cheia mais distante do Sol em 2025, já que brilhará nos céus poucos dias depois do chamado afélio, o ponto da órbita da Terra em que estamos mais afastados da estrela.
Abaixo, veja outros eventos astronômicos que já aconteceram e que ainda estão previstos neste ano:
Eclipses
🌗 13-14 de março – Eclipse lunar total (foi visível em todo o país)
☀️ 29 de março – Eclipse solar parcial (não foi visível no Brasil)
🌗 7-8 de setembro – Eclipse lunar total (não será visível no Brasil)
☀️ 21 de setembro – Eclipse solar parcial (não séra visível no Brasil)
Em 2025, teremos ao todo 2 eclipses solares: todos parciais (quando a Lua bloqueia apenas uma parte da luz do Sol). Um aconteceu em 29 de março e o outro vai acontecer em 21 de setembro.
Atenção: um eclipse solar só pode ser observado com um filtro especial ou olhando para o reflexo do Sol.
No de 29 de março, apenas alguns países da Europa, Ásia, África, América do Norte e América do Sul conseguiram observar o fenômeno. Além disso, ele também foi visível em partes dos Oceanos Atlântico e Ártico. Já o do dia 21 de setembro passará por partes da Austrália, do Pacífico e da Antártida.
Entenda os diferentes tipos de eclipse no vídeo abaixo:
O que é um eclipse?
Por sua vez, os eclipses lunares também serão 2: um total que ocorreu entre 13 e 14 de março (foi visível em todo o país) e outro parcial que acontecerá entre os dias 7 e 8 de setembro (não visível no Brasil).
O eclipse total também é conhecido como “Lua de Sangue”, e ocorre quando o Sol, a Terra e Lua se alinham e a Lua passa pela na sombra da Terra. Quando o evento chega em sua totalidade, e a sombra encobre completamente o disco lunar, fazendo com que a Lua fique avermelhada, isso porque não teremos a incidência direta da luz do Sol no nosso satélite natural.
Para observar o eclipse, nenhum equipamento especial é necessário, podendo ser visto a olho nu. Contudo, o uso de binóculos ou de um telescópio pode melhorar a visão e a intensidade da cor vermelha, explica a Nasa, a agência espacial norte-americana.
Além do território brasileiro, a Lua de Sangue poderá ser vista também em toda a América do Sul e Central e em partes da América do Norte, Europa Ocidental e África Ocidental.
E as superluas?
A superlua se põe ao lado da cúpula de São Pedro, em Roma (Itália), em 15 de novembro de 2024.
REUTERS/Remo Casilli
Teremos três superluas em 2025:
🌕 Uma no dia 6 de outubro
🌕 Outra em 5 de novembro
🌕 E mais uma em 4 de dezembro
A “superlua” ocorre na lua cheia perto do perigeu (quando ela está mais próxima da Terra), o que resulta em uma lua cheia ligeiramente maior e mais brilhante do que as demais.
Esse período é chamado de perigeu porque o nosso satélite natural aparece no céu cerca de 14% maior e 30% mais brilhante do que no apogeu (microlua) – quando está mais distante.
A poluição deixa mesmo o céu mais bonito?